Durante sepultamento da filha, pai faz desabafo em Penedo

04/09/2012 03:03 - Interior
Por Redação
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Dor, revolta e muita emoção marcaram o sepultamento da jovem Grazy Ferro, vítima fatal de dengue hemorrágica. A universitária de 21 anos de idade, havia se sentido mal e os familiares chegaram a conduzi-la para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Penedo, onde ela foi medicada, mas infelizmente o caso de dengue não foi diagnosticado pelos médicos.

Sem apresentar melhoras os familiares de Grazy Ferro decidiram transferir a jovem para o Hospital de Doenças Tropicais em Maceió, local onde a vítima teve seu quadro de saúde agravado e infelizmente nas primeiras horas do último domingo, 02, entrou em óbito.

A universitária que residia no bairro Dom Constantino, local onde vários focos de dengue já foram encontrados, cursava Engenharia de Pesca na Universidade Federal de Alagoas, sendo bastante homenageada pelos amigos que assistiram em total estado de choque, o último adeus a Grazy, em solenidade fúnebre realizada na Igreja Batista da Vila Matias, parte alta da cidade de Penedo.

Revolta

Durante o trajeto do corpo de Grazy Ferro para o cemitério São Gonçalo do Amarante, o mais antigo das cidade, quando da passagem do caixão pela UPA, o pai da jovem, o senhor Ivanildo Ferro, em protesto contra a falta de atendimento necessário para sua filha, pediu que haja atenção para com os pacientes que necessitam de atendimento de urgência em Penedo.

“Eu perdi uma filha linda de 21 anos. Uma menina estudiosa e inteligente que se foi por conta de um mosquito. Se vocês não tem capacidade para ser médico, então vão ser veterinários”, desabafou o pai de Grazy em frente a UPA.

UPA

A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Penedo recentemente colocada em funcionamento, provocou o fechamento imediato da Unidade de Emergência, algo que não preenche os requisitos necessários do Ministério da Saúde para o funcionamento de uma UPA, tipo 2, nos moldes que deveria funcionar a da cidade ribeirinha.

Na Unidade de Emergência apenas um médico fazia o atendimento, enquanto na UPA que continua com um único profissional médico atendendo, deveria por exigência do Ministério, contar com quatro médicos para atender a população dentro do que é estabelecido pelo Governo Federal.

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