Veículo roubado do TJ estava a serviço de desembargador ameaçado

04/09/2012 08:27 - Maceió
Por Redação
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O Grupo de Combate às Organizações Criminosos (Gecoc) do Ministério Público Estadual (MPE), confirmou que encontrou o veículo do Tribunal de Justiça levado na noite de segunda-feira, no bairro da Serraria. Após uma perseguição, o carro foi deixado pelos criminosos em Coruripe. Coincidência ou não, o veículo era de uso exclusivo do desembargador Otávio Leão Praxedes, ameaçado há meses por membros do Primeiro Comando da Capital (PCC).

O primeiro confronto aconteceu entre os municípios de Coqueiro Seco e Santa Luzia do Norte, quando houve uma troca de tiros, mas o veículo só teria sido abandonado em um canavial no município de Coruripe. Após abandonarem o veículo oficial, o bando fugiu junto e até agora não foi encontrado. No entanto, o cerco foi intensificado por viaturas do Gecoc, Polícia Civil e Militar, além do helicóptero da PM, que fazem as buscas no município.

De acordo com o promotor do MP e coordenador do Gecoc, Alfredo Gaspar de Mendonça, as identidades dos criminosos já são conhecidas, mas só serão divulgadas após serem efetuadas as prisões. “Houve três trocas de tiros e sabemos que eles estão juntos. Intensificamos e apertamos o cerco e esperamos prender os criminosos ainda hoje e posteriormente apresentá-los”, disse o promotor, que está em Coruripe.

O motorista do TJ seqüestrado, foi encontrado ainda durante a madrugada. Mas, o que levantou ainda mais suspeitas, foi o fato de que o veículo ficar a serviço do desembargador Otávio Leão Praxedes, que teria sido ameaçado por membros do PCC há alguns meses e estaria com segurança reforçado por conta das ameaças.

Na oportunidade, o conselho de segurança definiu um reforço na segurança do magistrado, colocando seis segurança à sua disposição. Ainda na época, foi confirmado que as ameaças tinham como alvo o filho do desembargador.

Apesar de “coincidência”, o promotor do Gecoc não confirmou ligação, mas aponta ousadia dos criminosos. “Essa ligação ainda não pode ser cogitada, mas também não pode ser descartada. O que eu posso dizer, é que foi uma ação ousada, já que eles sabiam se tratar de um veículo oficial”, finalizou Mendonça.

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