CNJ: mulher de Jaques Wagner seria servidora-fantasma da Justiça

27/08/2012 15:37 - Política
Por Redação

Uma inspeção do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na cúpula do Judiciário da Bahia identificou que Maria de Fátima Carneiro de Mendonça, enfermeira de profissão, mulher do governador baiano, Jaques Wagner (PT), tornou-se servidora efetiva do Tribunal de Justiça sem fazer concurso público. Recebe salário de R$ 13.619. De acordo com O Estado de S. Paulo, ela seria servidora-fantasma. "A mulher do governador é do Tribunal de Justiça, está efetivada lá e ela nunca foi lá", aponta a corregedora Nacional de Justiça, Eliana Calmon. A ministra afirmou que situações como essa evidenciam "a existência de conluio" entre o Executivo, o Judiciário e o Ministério Público da Bahia. Fátima era servidora vinculada à extinta Empresa Baiana de Alimentos, do Executivo estadual, desde 1986.

Em 1991, foi colocada à disposição de uma autarquia, o Instituto Pedro Ribeiro de Administração Judiciária (Ipraj), que prestava serviços ao TJ-BA. Em 1995, seu salário era de R$ 1.820,77. Com a extinção do Ipraj, Fátima foi deslocada para o tribunal. No ano passado, em 10 de outubro, ela protocolou na presidência do TJ petição para que fosse reconhecida sua condição de servidora estável, mesmo não tendo passado por concurso público. Em apenas seis dias, o pedido foi aprovado pela então presidente da corte, desembargadora Telma Britto. A corregedoria identificou ainda "eventual acumulação irregular de cargos públicos". Fátima seria ocupante de cargos no Executivo, como analista, e no Judiciário, como assessora de supervisão geral. Em 5 de fevereiro de 2004 a mulher do governador assumiu cargo comissionado e atualmente está lotada na Coordenação de Assistência Médica.
 

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