Uma cena inesperada assustou moradores e pessoas que passavam em um dos trechos do Riacho Salgadinho, no bairro do Poço. Horas após estar desaparecido, o corpo de Valdenir Ataíde da Silva, 27 anos, foi encontrado boiando nas águas do riacho.
Segundo informações obtidas pela reportagem junto a testemunhas, a vítima estaria desaparecida desde ontem. Porém, o sumiço não teria sido misterioso, uma vez que Valdenir Ataíde da Silva, estaria bebendo próximo ao Sesc e teria tentado assaltar um comerciante de acarajé próximo ao Sesc, gerando revolta de pessoas próximas.
Ao deixar o local, a vítima que apresentava sinais de embriaguês, foi abordada por vários homens que recuperaram o dinheiro do roubo e mais três celulares que estavam em posse. Em seguida, o espancaram até desmaiar e jogaram no riacho.
A confusão aconteceu por volta das 18h00 do sábado, mas como o corpo ficou submerso, apenas hoje, quando o corpo apresentava sinais de inchaço, voltou emergiu, causando a curiosidades demoradores e populares da região que acionaram a polícia, Corpo de Bombeiros e Instituto Médico Legal (IML).
Chegando no local, militares do Corpo de Bombeiros precisaram entrar no riacho em um bote e utilizando roupas especiais, além de uma máscara. O corpo foi amarrado ao bote e levado até a margem mais próxima, que já ficava perto da praia da Avenida, onde foi identificado por familiares que já esperavam no local.
De acordo com o irmão da vítima, identificado como Carlos, a verdade não é a que está sendo dita por populares. “Ele gostava de beber. Eu estava com ele meia hora antes de acontecer isso. Quando saí, fiquei sabendo do que aconteceu. Ele não era ladrão”, disse.
A vítima era moradora de rua e o seu ponto fixo era no Coreto de Jaraguá, onde morava com a esposa, um enteado, alguns familiares e amigos, que estavam presentes na chegada do corpo á margem.
No local, esteve o delegado Marcos Lins, da delegacia de homicídios, que afirmou que existem pistas a seguir, mas ainda é cedo para qualquer afirmação. “Escutamos muitas pessoas falando dessa possibilidade de roubo, espancamento e depois jogarem o corpo no riacho, ouvimos o irmão da vítima, mas ainda vamos ouvir mais pessoas, além de esperar o laudo do IML”, disse.
O delegado não confirmou, mas a delegacia de homicídios deve interrogar o comerciante do acarajé que teria sido assaltado pela vítima, familiares e possíveis testemunhas do crime.