Trabalhadores dos Correios apontam possível greve

25/08/2012 05:41 - Economia
Por Redação

Trabalhadores dos Correios de todo o Brasil, rejeitaram a proposta do governo, de apenas 3% de aumento salarial. A proposta feita aos trabalhadores, que estão organizados em torno dos 35 sindicatos da categoria espalhados pelo país, anda muito longe do reajuste de 43,7% que eles exigem.

Pelos cálculos do Dieese, para atender às necessidades básicas de uma família, o salário mínimo em julho deveria ser R$ 2.519,97, quantia 4,05 vezes maior do que o mínimo em vigor (R$ 622). Atualmente os funcionários da estatal recebem menos de dois salários mínimos.

“Com um piso de apenas R$ 942,75, e uma jornada de 8 horas de trabalho, para os trabalhadores dos Correios fica difícil sobreviver”, afirma Antônio Duarte, carteiro, representante dos trabalhadores dos Correios do Piauí no Comando Nacional de Negociação com o governo e a direção da empresa.

A categoria reclama que com o avanço do projeto de privatização da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), na medida em que o lucro da empresa cresce, o salário do trabalhador é rebaixado, a sobrecarga de trabalho aumenta e a qualidade do serviço piora. Assim como os trabalhadores da empresa, a população usuária dos Correios também reclama devido ao constante atraso ou perda de correspondências.

A possibilidade da GREVE

Caso o governo e a direção da ECT continuem com essa postura, Antônio Duarte afirma que a categoria terá que entrar em greve para conseguir avançar nas negociações: “Estamos convocando todos os trabalhadores dos Correios do Piauí para participar da assembleia geral no dia 30 de agosto e deliberar sobre o indicativo de greve. Se até o dia 10 setembro, o governo não apresentar uma proposta descente para a categoria, não temos outra escolha se não deflagrar uma grande greve em todo o país e arrancar na luta as melhorias que tanto precisamos e merecemos” concluiu.

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