O candidato a prefeito de São Paulo Celso Russomano (PRB) negou nesta segunda-feira , em entrevista exclusiva ao Terra, manter uma conta em um paraíso fiscal - denúncia feita pelo jornal Correio Brasiliense, que poderia levar o candidato a ter que depor no caso do bicheiro Carlinhos Cachoeira. "Esta denúncia de envolvimento foi fraudada, é uma denúncia mentirosa, estou processando o Correio Brasiliense. Quem falar a meu respeito terá que provar o que está falando", afirmou.

Segundo o veículo, o nome de Russomano foi citado em um diálogo entre integrantes da quadrilha comandada por Cachoeira, como sendo detentor de R$ 7 milhões em uma conta operada pelo grupo. "O relatório 169 (de onde as informações foram extraídas) encerrou em agosto de 2011. O texto do jornal é de 2012. Nós vasculhamos a CPI inteirinha e não existe uma palavra com o nome Celso Russomano. O Correio Brasiliense vai responder judicialmente", reforçou o candidato.

O candidato do PRB também foi acusado de uso indevido de passagens aéreas para a família durante seu mandato como deputado. "Fui a Brasília e voltei muitas vezes de carro. Eu devolvi R$ 827 mil reais para os cofres públicos de verba de gabinete que eu não usei", disse. Russomano confessou ter usado três vezes passagens aéreas do mandato para "ter a família mais perto". No entanto, ele se justificou dizendo que antes as passagens vinham como um crédito de parte do salario que, se não usado, ficava para a companhia aérea.

Em boa posição na disputa pela prefeitura de São Paulo, o candidato disse que o início das propagandas na televisão não será desvantagem para sua campanha, como previsto pelos demais candidatos. "Os marqueteiros dos outros candidatos me definiram como cavalo paraguaio, que eu ia desidratar no meio da corrida. Voo de galinha, que voa e logo pousa, mas isso não aconteceu", brincou. Russomano disse que ter menos tempo não vai atrapalhar.

Russomano não confirmou alianças no segundo turno com outros partidos. "Eu espero, no segundo turno, o apoio de toda sociedade. Todos que quiserem vir. Eu sempre fui muito independente, tenho uma forma e estilo de fazer politica, de ir para a rua conversar com as pessoas, ver o que as pessoas precisam", concluiu.