Longe de querer ser contra o desenvolvimento de Alagoas, mas ouvir palavras eivadas de orgulho de que seremos o maior produtor de PVC da América Latina dói na alma, não só na minha, mas na de qualquer pessoa que esteja engajada na luta pela sustentabilidade ambiental.

O mundo civilizado está em guerra contra o plástico e seus derivados, mas infelizmente o poder econômico ainda fala grosso.

Não discuto o fato positivo da geração de empregos com a instalação da mais nova unidade produtora de PVC da Braskem, todavia, o preço a ser pago pelos riscos de danos ao meio-ambiente e a saúde dos trabalhadores é alto demais.

Vejam o que dizem estudos sobre a produção do PVC:

“Em numerosos pontos, durante o ciclo-de-vida do PVC (ou vinil), grandes quantidades de subprodutos organoclorados perigosos são formados acidentalmente e liberados no ambiente.”
“A formação de subprodutos organoclorados perigosos começa com a produção do gás cloro. Quantidades extremamente grandes, na ordem de um milhão de toneladas/ano, de resíduos clorados perigosos são gerados na síntese do etileno dicloreto (ethylene dichloride-EDC) e no monovinil cloreto (vinyl chloride monomer-VCM), ambos precursores do PVC.”
Fonte: www.permear.org.br

Em alguns países existem estudos adiantados para banir a fabricação e o uso do PVC, tal qual aconteceu com o amianto.

Se a intenção é o desenvolvimento econômico a qualquer preço, deveríamos atrair investimentos para a instalação de uma usina processadora de lixo nuclear...