Um vereador em Maceió tem o salário de R$ 9 mil. Contando com todos os benefícios do cargo, o edil chega a movimentar - entre verba indenizatória e outros recursos - R$ 45 mil/mês. Nesta contabilidade, o que chama a atenção é a evolução patrimonial de alguns dos que ocupam as cadeiras da Câmara Municipal de Maceió.
Claro que alguns vereadores não possuem apenas esta atividade como fonte de renda. Caso contrário, seria muito difícil explicar os rendimentos em quatro anos. Seria uma verdadeira aula de economia. A evolução nos bens é fácil de ser constatada, pois leva em conta a declaração dada à Justiça Eleitoral neste e em outros anos.
No caso do presidente da Câmara Municipal, Galba Novaes (PRB) - que hoje concorre ao cargo de prefeito - seu patrimônio foi de R$ 536.435,27. Quando se reelegeu vereador, em 2008, Novaes havia declarado R$ 429.856,12. Aliás, do atual parlamento, apenas não buscam à reeleição Francisco Holanda (PP) e Carlos Ronalsa (PP) - que colocaram os filhos para tentarem ocupar as cadeiras - Luiz Pedro (PMN) - que investe na esposa - e Amilka Melo (PDT), que desistiu do processo eleitoral.
Os demais - ainda que não ao cargo de vereador - estão envolvidos no processo eleitoral. É o caso de Marcelo Palmeira (PP), que é candidato a vice-prefeito de Rui Palmeira e acumula um patrimônio de R$ 494.600.
A vereadora Fátima Santiago (PP) tem um crescimento patrimonial considerável. Em 2008, ela declarou R$ 119.131, 09. Agora, sua declaração de bens é de R$ 1.072.694,32. Ricardo Barbosa (PT) foi de R$ 75 mil (2008) para R$ 350 mil (2012), segundo informações prestadas por ele mesmo à Justiça Eleitoral.
Marcelo Gouveia (PRB) - em 2008 - declarou ter apenas um Gol ano 2000 no valor aproximado de R$ 8 mil. Nas atuais eleições, declara uma série de bens no total de R$ 65.796,46. Oscar de Melo (PP) dobrou o patrimônio: saiu de R$ 33 mil nas eleições passadas para R$ 65 mil no pleito de agora.
O pastor João Luiz (Democratas) evoluiu também. Antes, R$ 532.761, 62 (2008). Agora, R$ 1.115.796,32. Berg Holanda (PR) saiu de R$ 233.005,09 para R$ 635,678,19. Netinho Barros (PSC) também saiu de R$ 709.450,52 para R$ 759.450,52. O pedetista Paulo Corintho evoluiu de R$ 437.229,72 para R$ 788.643,50.
No “grupo” dos que declaram terem perdido bens: Heloísa Helena (PSOL) que se elegeu vereadora com R$ 100.585 43 e chegou a 2012 com R$ 92.707,53. Sílvio Camelo apresentou redução de patrimônio segundo suas declarações: de R$ 313.162 para R$ 253.492,65.
Marcelo Malta (PCdoB) saiu de R$ 711.489, em 2008, para R$ 323.500,00 agora em 2012. O edil Davi Davino (PP) reduziu o patrimônio de R$ 626.841,47 para R$ 453.506,96. O vereador Eduardo Canuto (PV) - que também não foi eleito, mas assumiu na vaga aberta por Marcelo Palmeira quando este assumiu uma pasta na administração estadual - foi de R$ 165.800, 59 para R$ 150.135,22.
Já Tereza Nelma (PSDB) foi eleita vereadora com bens no valor de R$ 120 mil. Neste ano, declarou à Justiça Eleitoral R$ 77.152,29. Por fim, um caso que chama a atenção é o de Théo Fortes (PTdoB). O edil, que assumiu a cadeira que era de Rosinha da Adefal, chegou a Câmara com o patrimônio em R$ 65 mil. É o mesmo valor informado neste ano.
Vale ressaltar que na lista de declarações de bens podem constar o valor total de imóveis financiados e outras operações.
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