Cinco casos positivos de doping ainda da Olimpíada de Atenas, em 2004, serão revelados logo após os Jogos de Londres. Os cinco atletas estão competindo em provas de campo, como arremesso de peso. Todos os envolvidos são da Europa oriental.

As informações são do jornal britânico The Independent. O periódico apurou que alguns dos esportistas que serão desmascarados são medalhistas e terão suas medalhas anuladas pelo Comitê Olímpico Internacional. Os outros enfrentarão ação disciplinar e podem receber suspensão.

Um dos exemplos é o tricampeão mundial de arremesso de martelo Ivan Tsikhan, da Bielorrússia, que não competiu na última sexta-feira em Londres porque seu reteste de Atenas deu positivo para substâncias proibidas. Ele foi prata naquela Olimpíada e terá que devolver sua medalha.

Isso vai acontecer porque os testes de doping são mantidos por até oito anos depois da realização de determinada edição da Olimpíada, para que, com o avanço dos recursos que possibilitam a comprovação do uso de substâncias proibidas, novos testes sejam executados com mais precisão.

A Agência Mundial Antidopagem havia solicitado ao Comitê Olímpico Internacional que analisassem novamente 100 amostras de Atenas e Pequim, já que a tecnologia avançou significativamente nos últimos anos. Resultados já foram comprovados: Rashid Ramzi, do Barein, que havia recebido o ouro em Pequim nos 1.500 m do atletismo, vai ter que devolver a medalha após ser pego no doping.

De acordo com o The Independent, o professor Bengt Saltin, pioneiro nas pesquisas antidopagem, disse que é um alívio poder "desmascarar" os atletas que usaram esteroides para vencer provas. Ele afirmou ainda que os testes retroativos podem servir de aviso para novos esportistas evitarem irregularidades.

Nos Jogos Olímpicos de Londres, três atletas já foram enviados para casa por terem sido pegos no antidoping. A última foi a ciclista russa Victoria baranova.