Em mais uma eleição, a Fecomércio merece aplausos. Falei isto em 2010. Repito agora neste espaço. A entidade mostra - de forma democrática - o caminho para o bom debate com os postulantes ao cargo de prefeito de Maceió.
Os outro sete candidatos sentarão na cadeira que hoje foi ocupada pelo deputado estadual Jeferson Morais (Democratas). As entrevistas são longas, com possibilidade de várias perguntas e longe dos formatos que reduzem temáticas. Além disto, a participação popular é interessantíssima.
Fica a dica: quem puder ir às sabatinas dos candidatos que faça. Na entrevista de hoje, Jeferson Morais mostrou o que deve ser o discurso das críticas ao prefeito Cícero Almeida (PP), ainda que este não seja citado.
Todos os candidatos devem investir em falas que ressaltem a importância em políticas públicas destinadas ao social e bater de frente na tecla: a cidade não se faz apenas com concreto. Uma referência a obras da gestão de Almeida e aos índices sociais terríveis, como por exemplo, a baixíssima cobertura do Programa Saúde da Família.
O quesito levantado por Morais - neste sentido - deve ser acompanhado pelos demais, com exceção de Ronaldo Lessa (PDT), que é o nome da situação, com o apoio de Almeida, e dos senadores Fernando Collor de Mello (PTB) e Renan Calheiros (PMDB).
Jeferson Morais ainda falou em rigor no cumprimento das leis municipais, como a relativa a proibição do tráfico de veículos pesados na Avenida Fernandes Lima (de autoria de Galba Novaes (PRB), o vereador que também é candidato a prefeito), falou de aparelhamento da Guarda Municipal e parcerias para combater a criminalidade, além da proposta para a escola de tempo integral.
Morais ainda fez críticas a Almeida - além do quesito “muito concreto, pouco social” - quanto às políticas da Saúde pública.
Ações como a da Fecomércio devem ser copiadas por outras entidades que podem sim contribuir significativamente para o bom debate e - consequentemente - para a consciência política da população, sem paixonites, sem discussões menores, mas com produtividade. Fica o elogio.
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