Vento atrapalha, e Fabiana Murer para nas eliminatórias do salto com vara

04/08/2012 10:48 - Outros Esportes
Por Redação

Fabiana Murer foi vencida pelo vento e pelo nervosismo. No sufoco, acertou apenas um salto no Estádio Olímpico de Londres, com o sarrafo a 4,50m. Com ele colocado cinco centímetros acima, errou duas vezes. Na terceira e última chance, com o vento desfavorável, desistiu no meio da corrida e levou a bandeira amarela. Era tudo ou nada. No meio da série de passadas, mais uma vez, parou. Levou a bandeira vermelha e foi eliminada. Viu o ciclo olímpico em que foi campeã mundial indoor e outdoor ficar para trás de forma amarga. Assim como em Pequim, deixou as Olimpíadas de mãos abanando.

A paulista deixou a pista em choque, desolada. Sem chorar, quase sem piscar. Andou em direção às arquibancadas, onde estava o técnico Vitaly Petrov. Os dois trocaram algumas palavras sem se olhar. Depois, a atleta foi conversar com um dos fiscais de prova. Queria ver se, com 4,50m, seria uma das 12 classificadas para a final. Não. Estava eliminada. Tirou as sapatilhas, colocou o casaco e ficou à beira da pista. Olhando as rivais, olhando para o nada.

- O vento estava inconstante, e não consegui manejar isso com a varas. Meus saltos foram muito irregulares. Eu tenho um minuto para saltar e, dentro deste tempo, poderia ir e voltar quantas vezes eu quisesse. Corri mas o vento estava forte. Depois que eu tomei a bandeira amarela, só restavam 15 segundos. Não teria tempo mesmo, e o vento estava forte, estava perigoso. Tentei fazer o que eu podia, mas não adiantava me jogar no último salto e me machucar. É o esporte, acontece - disse, em entrevista ao SporTV.

Fabiana perde para ela mesma, e Isinbayeva sobra

Fabiana entrou na disputa em 4,50m, quando mais de 15 atletas já haviam sido eliminadas. Na primeira tentativa, se desequilibrou e não conseguiu. Na segunda vez, raspou a barriga no sarrafo, mas superou a altura. Isinbayeva também decidiu começar a competição nessa etapa. Passou com muita, muita folga.

A americana Jennifer Suhr, dona da melhor marca no ano, só entrou na disputa em 4,55m. Passou tranquila, mas não mais do que a atual bicampeã olímpica. Isinbayeva, novamente, sobrou. As duas passaram apenas a assistir as rivais. Algumas conseguiram passar a 4,55m, altura que garantiria a classificação à final. Fabiana Murer, atual campeã mundial, dona da terceira melhor marca do mundo no ano, não foi uma delas.

Pressionada, na terceira tentativa, demonstrava o nervosismo. No meio da série de passadas, parou. Foi advertida com a bandeira amarela. A organização pediu que ela esperasse um pouco, pois o vento tinha mudado. O pedido simples foi o suficiente para desorientar de vez a paulista. Mais uma vez, partiu para saltar. Mais uma vez, abandonou a tarefa no meio do caminho. Desta vez não haveria uma outra chance. A bandeira vermelha selou sua desclassificação.
 

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