O presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE/AL), Orlando Manso, garantiu – em entrevista coletiva na manhã desta (3) – que as eleições no estado acontecerão com a presença intensiva das autoridades e os eventuais problemas ou excessos serão combatidos ao rigor da lei.

Os chefes das Polícias Militar, Civil e Federal compareceram ao prédio do TER, no Centro de Maceió, para participar de uma reunião a portas fechadas com o presidente do órgão da Justiça Eleitoral em Alagoas. O encontro teve como objetivo alinhar as ações e garantir um pleito seguro e equilibrado nos 102 municípios alagoanos. “Historicamente, algumas cidades necessitam de atenção redobrada devido às ligações dos representantes com o crime. Especificamente, vamos pontuar e trabalhar nessas regiões”, alertou Orlando Manso.

De acordo com o comandante da Polícia Militar, Dimas Cavalcante, o pleito contará com mais de 7.000 militares, inclusive, aqueles que estariam no período de férias em outubro. “Há um bom tempo já temos a estratégia montada para todos os municípios. Algumas cidades do Sertão como Santana do Ipanema, Senador Rui Palmeira e Delmiro terão um reforço no policiamento. No total, 90% da nossa força policial será empregada”, destacou.

Apesar do policiamento da PM, Orlando Manso informou que quatro cidades devem receber militares do Exército brasileiro. “Porto de Pedra, Boca da Mata, Minador do Negrão e Jundiá terão a presença da Força Federal. Os juízes das zonas eleitorais solicitaram por problemas pontuais ”, ressaltou. Já as solicitações referentes às cidades de Chã Preta, Barra de São Miguel e Limoeiro de Anadia foram indeferidas.

Em Alagoas, são 55 zonas eleitorais, 970 locais de votação, 6.293 sessões para um eleitorado de 1.863,029. “Com total ajuda do Estado, o nosso objetivo é que prevaleça o princípio da normalidade em todos os municípios. Todos os recursos necessários serão empregados em favor da população”, assegurou o presidente do TRE.

Fora da Lei

Durante a entrevista coletiva, Manso lembrou de um episódio recente evolvendo o Tribunal de Justiça e o ex-comandante da Polícia Militar, Luciano Silva. “Como todos sabem se aquele fora da Lei (Luciano Silva) ainda estivesse a frente da Briosa, a PM não participaria do pleito. O militar se negou a cumprir uma ordem judicial emanada pela Justiça alagoana”, recordou.

Acusado de cometer excesso de punição a um oficial, o comandante da Polícia Militar de Alagoas, coronel Luciano Silva, teve prisão decretada pelo desembargador Orlando Manso, no final de 2011. O coronel é acusado de cometer excesso na punição do capitão Rocha Lima. Ele deveria repreender e não suspender o militar.