Agentes da Polícia Civil em conjunto com o Grupo Estadual de Combate as Organizações Criminosas (GECOC) do Ministério Público Estadual (MPE), deflagraram na manhã desta sexta-feira (03) mais uma etapa da Operação “Clone”, que desbaratou parte de uma quadrilha que atuava na clonagem de cartões de crédito em Maceió.

De acordo com informações do MP, 15 mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 17ª Vara Criminal, com várias rondas sendo feitas em vários pontos da capital, como lojas e farmácias de uma rede conhecida e que surge como suspeita de ter maquinetas de cartões infectadas com vírus que copiam informações de cartões de crédito.

A Polícia e o Ministério Público chegaram até os estabelecimentos através de informações passadas pelos acusados de participarem da quadrilha, que confessaram os crimes, sendo beneficiados pela deleção premiada.

Sobre as diligências, o promotor Alfredo Gaspar de Mendonça, gerente do GECOC, afirmou que chegaram nos estabelecimentos através de denúncias e que o envolvimento dos proprietários serão investigados.

“Chegamos nesses estabelecimentos através de denúncias e vamos analisar o envolvimento dos empresários em cada caso. Além das farmácias, existem estabelecimentos que comercializam motocicletas, aparelhos eletro-eletrônicos e até alimentos que serão visitados, como parte dessas buscas”, afirmou.

Polícia Judiciária Metropolitana, juntamente com o delegado Carlos Alberto Reis estão dando o suporte necessário para as equipes do GECOC que está realizando as diligências para cumprir os 15 mandados de busca e apreensão expedidos.

A operação Clone foi deflagrada na semana passada. Os golpes contra operadora de cartões de crédito rendiam à quadrilha, em média, a movimentação de cerca de R$ 500 mil por semana. Os números assustam principalmente pelos valores dos produtos apreendidos frutos da ação criminosa. Ao total, onze veículos e dois Jet skis foram apreendidos. Em dinheiro, mais de R$ 38 mil foram encontrados na residência dos acusados, localizadas em Maceió e São Miguel dos Campos.

Em sete meses de atuação em Alagoas, a quadrilha movimentou cerca de R$ 4 milhões. Mas o grupo não agia sozinho, já que contava com a participação de donos de estabelecimentos comerciais, que recebiam ‘comissões’ para liberar o esquema. Alguns funcionários de postos de combustíveis também tinham envolvimento e recebiam subornos para a instalação do vírus nos computadores.