A produção da indústria brasileira registrou leve alta de 0,2% em junho, na comparação com o mês anterior, depois de três meses seguidos de quedas, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quarta-feira (1º). Na comparação com o mesmo período de 2011, a atividade fabril brasileira recuou 5,5% - o 10º resultado negativo seguido nessa base de comparação e o mais forte desde setembro de 2009, quando fora verificada queda de 7,6%.

No primeiro semestre, o índice acumula queda de 3,8% e, em 12 meses, de 2,3%, "prosseguindo com a trajetória descendente iniciada em outubro de 2010 (11,8%), assinalando a taxa negativa mais intensa desde fevereiro de 2010 (-2,6%)", de acordo com o IBGE.

Na comparação mensal, junho sobre maio, a produção aumentou em 12 das 27 áreas pesquisadas pelo IBGE, com destaque para os setores de outros equipamentos de transporte (12,5%), farmacêutico (8,6%) e de veículos automotores (3,0%).

Na sequência, entre os resultados positivos, que contribuíram com o índice geral, estão os desempenhos de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (8,0%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (2,2%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (3,3%) e perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (3,0%).

Entre os resultados negativos na produção da indústria de junho estão os setores de borracha e plástico (-5,7%), indústrias extrativas (-2,2%) e equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, ópticos e outros (-10,9%), entre outros.

Na análise das categorias de uso, o aumento foi maior nas indústrias de bens de consumo duráveis (4,8%), seguido pelas de bens de consumo semi e não duráveis (1,8%) e de bens de capital (1,4%). Na contramão, está o segmento de bens intermediários (-0,9%).

Comparação com o ano passado