Nos últimos dias, quatro tartarugas marinha foram encontradas mortas no litoral alagoano. Como se não bastasse o trabalho difícil que os órgãos e ONGs responsáveis pela espécie, uma denúncia gerou grande polêmica. Fotos mostram o uso de cascos das tartarugas para venda e decoração, o que é considerado crime ambiental.

De acordo com a denúncia encaminhada ao Instituto Biota, uma tartaruga marinha foi encontrada por algumas pessoas que estavam numa festa na praia de Tabuba, litoral norte de Alagoas. As fotos mostram elas retirando partes do corpo do animal e levado a carapaça, ou seja, o casco da tartaruga.

Segundo Erivania Araújo, bióloga do Instituto Biota, este é o segundo caso onde cascos de tartarugas estão sendo levados, além de denúncias de venda dos casos para decoração. “Nosso trabalho é a conservação da espécie. Não temos como trabalhar na prevenção. Inclusive, com relação a essa situação do uso dos cascos, quando chegamos no local onde a tartaruga foi encontrada, já morta, nós fazemos os primeiros registros, quebramos o casco e enterramos, porque muita gente quer o caso, mas isso é crime ambiental”, afirmou e bióloga se baseando no artigo da lei de crimes ambientais (9.605) que relata a proibição desta ação.

Teoricamente, a atribuição de combater e prevenir este tipo de ato seria do IBAMA, juntamente com o Batalhão Ambiental. No entanto, como não existe uma criação fixa no litoral alagoana e as tartarugas encalham, vivas ou mortas em vários pontos, não se teria um trabalho adequado para prevenção.