Brasília, 30 – O governo brasileiro debaterá com outros sete países da América do Sul e da América Central, terça (31) e quarta-feira (1º) desta semana, estratégias de acompanhamento familiar voltado à população de baixa renda. A secretária nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Denise Colin, e a diretora do Departamento de Proteção Social Básica, Eutália Barbosa, participarão de oficina promovida pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em Montevidéu, no Uruguai.

A Oficina de Análise de Modalidades de Acompanhamento Familiar em Programas de Apoio a Populações Vulneráveis ou em Situação de Pobreza vai discutir detalhes das ações e técnicas de intervenção com as famílias, dinâmicas de trabalho, modalidades de acompanhamento – incluindo periodicidade e frequência de visitas domiciliares –, além de mecanismos de registro e custos das intervenções. Ao lado do Brasil e do Uruguai, outros cinco países da América do Sul estarão no encontro: Chile, Peru, Paraguai, Colômbia e Equador. A Nicarágua representará a América Central.

Preparação – Os dois dias em Montevidéu serão reservados ao detalhamento técnico sobre o acompanhamento familiar em cada país. Na fase de preparação da oficina, todos os especialistas participaram de duas videoconferências, em que apresentaram o cenário da assistência social em seus países, a organização das políticas e programas da área, números e ações de acompanhamento familiar implantadas. “Percebemos que a organização da assistência é diferente em cada local, mas as vulnerabilidades e os desafios são parecidos”, avalia Eutália Barbosa.

Segundo ela, o Brasil vai aprofundar, no Uruguai, a discussão sobre os serviços prestados nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), por meio do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif). Essas são as unidades do Sistema Único de Assistência Social (Suas) responsáveis pelo acompanhamento das famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e atendidas pela Proteção Social Básica.

Também haverá uma seção de diálogo sobre resultados, incluindo a identificação de alternativas para avaliar o impacto dos programas de acompanhamento familiar. “O propósito é que os países saiam dessa oficina com uma boa visão sobre como a assistência social tem se organizado em diferentes cenários sociopolíticos para resolver problemas semelhantes e que possam contribuir entre si para aprimorar as estratégias de acompanhamento familiar”, diz Eutália.