UE investiga Microsoft por não dar a usuários opções de navegador

17/07/2012 19:32 - Internet
Por Redação

A Comissão Europeia abriu nesta terça-feira uma investigação antitruste contra a Microsoft por acusações de que a empresa não está dando aos consumidores a opção de escolher qual navegador poderão usar. Os reguladores abriram a investigação para verificar se a Microsoft está cumprindo uma decisão de 2009 de oferecer aos usuários a opção de escolher o navegador de internet

Em 2009, a Microsoft aceitou fornecer aos usuários do Windows na Europa uma "tela de escolha", permitindo que eles optassem por outro navegador além do programa padrão da Microsoft, o Internet Explorer. Mas a tela de escolha parece ter desaparecido quando a Microsoft lançou o Windows 7 Service Pack 1, em fevereiro de 2011, privando cerca de 28 milhões de pessoas da opção de escolher o seu navegador preferido, disse Almunia.

A Microsoft atribuiu a um erro técnico a falta de opções de navegadores para os usuários do Windows 7, que podem utilizar apenas o Internet Explorer. "Demos passos imediatos para resolver este problema. Lamentamos profundamente que este erro tenha acontecido e pedimos desculpas por isso", declarou a Microsoft em comunicado divulgado em Bruxelas nesta terça-feira.

Entre as medidas adotadas pela Microsoft, o primeiro passo foi desenvolver e testar uma solução de software que começou a ser distribuída imediatamente e colocada à disposição dos computadores afetados para que pudessem acessar a tela de escolha, uma operação que esperam fechar nesta semana.

Também vem sendo realizada uma investigação na qual foram entrevistados trabalhadores da empresa para tentar esclarecer como aconteceu o suposto erro, cujos resultados serão enviados à Comissão Europeia.

Por último, a Microsoft ofereceu à Comissão Europeia estender em 15 meses o período pelo qual se comprometeram a proporcionar as possibilidades de escolha de navegador, que em princípio devem durar cinco anos.

"Acreditamos que a Comissão revisará este assunto e determinará se é apropriado darmos este passo. Entendemos que a Comissão pode decidir impor outras sanções", declarou a empresa, que destacou que o software para a escolha de navegador foi distribuído corretamente em 90% dos computadores desde que o pacto com a CE foi assinado.

"Agora estamos abrindo procedimentos formais. Se as infrações foram confirmadas, haverá sanções", informou o comissário europeu de Concorrência, Joaquin Almunia, em uma coletiva de imprensa. "Levamos muito a sério o cumprimento das nossas decisões. Eu acreditei que os relatórios da companhia eram corretos, mas parece que esse não era o caso. Então, entramos em ação imediatamente", disse.

O comissário afirmou que este é o primeiro caso da Comissão Europeia em que uma companhia é suspeita de não obedecer às decisões antitruste.

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