Dona de creche culpa filha de 14 anos por maus-tratos, diz advogado

17/07/2012 14:02 - Brasil/Mundo
Por Redação
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O advogado da dona da creche onde crianças teriam sido amordaçadas e mal tratadas em Maricá, na região metropolitana do Rio de Janeiro, disse nesta terça-feira (17) que foi a filha adotiva dela, de 14 anos, quem forjou as imagens com ciúmes da mulher. Segundo Fábio Toledo, a suspeita cuida de crianças há mais de 10 anos e nunca houve denúncia de maus-tratos.

— Há mais de 10 anos ela cuida de crianças. Nesse tempo, nunca houve qualquer tipo de denúncia. A menor que fez a denúncia é filha adotiva dela. A menina ficou com ciúmes porque a mãe passou a dar mais atenção para as crianças do que a para a menor. Se você observar as fotos, em nenhum momento você vê as crianças chorando.

Fábio Toledo disse ainda que a mãe de uma amiga da adolescente mostrou as fotos para a polícia e que essa mulher foi quem apresentou as fotos para as autoridades. Depois disso, ainda segundo o advogado, a creche, que funcionava sem documentação ou autorização especial, foi alvo de uma ação da polícia, que não teria constatado os maus-tratos.

— Se ela falhou em algum momento, ela deve responder na parte administrativa, no cível. Ela sabe que deveria ter local propício, enfermeiras e mais pessoas, mas ela não torturou as crianças. Quando as crianças eram abandonadas, era ela que levava para o Conselho Tutelar. Inclusive, a menor que fez a denúncia foi abandonada pela mãe biológica e criada por ela.

De acordo com Fábio Toledo, depois que o caso ganhou repercussão, a adolescente fugiu de casa e voltou para mãe biológica. Já fora de casa, a menina chegou a gravar uma ligação (escute abaixo) da mãe adotiva, que pedia que ela assumisse a culpa pelas fotos. No entanto, a jovem afirma categoricamente, por várias vezes, que não foi ela quem amarrou as crianças.

Para o advogado da suspeita, na ligação, a mãe pedia que a filha adotiva contasse a verdade sobre as fotos e a gravação foi usada fora de contexto.

— A ligação foi feita no intuito de fazer a filha voltar para casa e contar a verdade. Uma mãe gravou esse pedido e a gravação está fora de contexto. Tanto é assim que a menor já está com ela.

Segundo Fábio Toledo, a mulher não está foragida já que compareceu à Delegacia de Maricá (82ª DP) na sexta-feira (13) e no sábado (14). Na ocasião, a adolescente foi interrogada por uma policial na companhia de uma tia.

O advogado afirma que a menina está muito assustada, assim como a suspeita, marido dela e seu filho de 7 anos. Com medo de agressões, eles estão evitando sair às ruas. Depois das denúncias, a família resolveu deixar a casa onde vivia, que tinha muros baixos, com receio de que o imóvel fosse invadido.

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