Recebi, com muita honra, o convite de escrever um blog aqui no Cada minuto. Um novo desafio e um retorno à boa e velha redação. Espero contar com você leitor, para dividir comigo os fatos corriqueiros do dia a dia, sejam eles políticos, econômicos, culturais, ou, simplesmente, banais.
Mas como o assunto atual é o início das campanhas eleitorais, vamos falar dos candidatos. Os nomes já são conhecidos de todos.
Mas será que os postulantes vão entrar na disputa nus? Explico: Quem resolve disputar uma eleição para um cargo majoritário deve saber que a melhor maneira de entrar na disputa é nu. Lógico que no sentido figurado. Mas é bom que inicie esse período sem nada a esconder e disposto a se expor.
Se tiver algo que, de alguma forma, possa afetar sua imagem, é bom divulgar o fato o quanto antes. Pois a campanha tem duração, na prática, de dois meses e, dependendo da repercussão da má notícia, pode ser um tempo curto demais para esclarecer, defender-se, desmentir.
Em disputas acirradas, a turma do “vale-tudo” ganha força e questões nada pragmáticas entram na discussão. Quando se trata da revelação de verdades até não é uma atitude negativa, mas as fábricas de dossiês e boatos estão cada vez mais produtivas, principalmente em campanhas acirradas.
A informação embaraçosa pode até não vir de dossiê, mas de apuração da imprensa, ou mesmo da resposta do candidato a uma simples pergunta. Quanto mais o eleitor souber, mais protegido de desconstrução da imagem o candidato está.
O eleitor recebe um leque de opções e escolhe o concorrente que acredita ser o mais confiável, o mais competente, o que lhe agrada mais e que pode lhe trazer mais vantagens.
Em processos de escolha, uma notícia surpresa sobre o candidato pode balançar um eleitor indeciso. E a aparência, a família, os costumes e crenças contam para a decisão.
Seria melhor passar o período de eleições discutindo propostas. Mas como não funciona assim, é prudente que os candidatos estejam preparados para que suas vidas sejam expostas. Se tiver algum batom ou dólar na cueca, então, é melhor pensar várias vezes antes de entrar em uma disputa acirrada.