Ex-militar é condenado a 36 anos, mas cumprirá pena em liberdade

09/07/2012 13:29 - Maceió
Por Redação
Image

O ex-cabo da Polícia Militar, Jairo Sebastião Dantas foi condenado a 36 anos de prisão pelo crime que vitimou o empreiteiro José Maria dos Santos, o “Araújo”, morto em 2006. A sentença foi proferida no início desta tarde pelo juiz Maurício Brêda. O julgamento teve início nesta manhã (09), e foi marcado pelo silencio do réu, que se utilizou do direito de não prestar qualquer tipo de esclarecimento, uma vez que já o fez em juízo no primeiro momento da investigação do crime.

Mesmo condenado, o ex-militar cumprirá a pena em regime semi-aberto, sendo monitorado pela tornozeleira eletrônica. O magistrado adotou medidas cautelares em sua decisão atendendo a nova reformulação no Código Penal. “Nenhuma ação sentimental de ciúmes, alegria ou tristeza, justifica o assassinato de outra pessoa. A maioria dos jurados decidiu pela condenação do réu. Com a reformulação no Código Penal, cabe a este juiz se adaptar as novas normas”, afirmou Brêda.

Jairo Sebastião cumpriu cinco anos em regime fechado na Academia da Polícia Militar. Além da pena, o juiz determinou que o réu pague uma indenização no valor de R$ 60 mil aos herdeiros da vítima. Durante o julgamento, a acusação feita pelo promotor Magno Alexandre Ferreira Moura apontou o ex-militar como o principal mentor do crime e pediu a condenação máxima.

O outro envolvido no crime, Edmilson José Correia do Nascimento, também ex-limitar, teria contratado Luis Aquino Ferreira e Marcelo da Silva Correia, que já foram condenados a 24 e 30 anos respectivamente. A dupla foi a executora do empreiteiro José Maria dos Santos o “Araújo”. Quando chegaram à residência da vítima, que já havia sido dopada pela própria esposa, Maria José da Silva, “Nena”, os assassinos finalizaram o serviço, estrangulando o empreiteiro com um fio telefônico.

Após o crime, a esposa enrolou o marido num lençol e colocou no próprio carro, sendo levado pelos assassinos para uma estrada vicinal no município de Satuba, onde foi encontrado 20 dias depois por um caçador.

O caso
Em fevereiro de 2006, Araújo foi assassinado quando dormia no sofá de sua residência, após ingerir um suco contendo o Rivotril, dado pela sua mulher. Maria José da Silva, a Nena. Os ex-policiais militares Jairo Sebastião Dantas e Edílson José Correia do Nascimento, o amante de Nena José Carlos de Almeida Santos, que está foragido, Marcelo da Silva Correia e Luiz de Aquino Ferreira tiveram participação no crime, segundo a Polícia.

O motivo
Após descobrir a traição amorosa de Nena com o José Carlos de Almeida Santos, Araújo teria decidido se separar. Para não sair da relação "sem nada", ela planejou o crime, oferecendo R$ 35 mil aos envolvidos para matar o empreiteiro, no intuito de ficar com bens da vítima.

A participação
De acordo com os autos, Jairo e Nascimento foram os condutores para a consumação do assassinato de Araújo, após serem contratados pelo amante da autora intelectual, Nena, que foi condenada a 31 anos de reclusão.

Jairo para concretizar a trama contratou Luiz de Aquino Ferreira (já condenado a 33 anos de prisão) e Marcelo Correia da Silva (também condenado a 24 anos de prisão).

Your alt text

Comentários

Os comentários são de inteira responsabilidade dos autores, não representando em qualquer instância a opinião do Cada Minuto ou de seus colaboradores. Para maiores informações, leia nossa política de privacidade.

Carregando..