Ex-cabo é julgado por envolvimento na morte de empreiteiro

09/07/2012 06:03 - Maceió
Por Redação
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Acontece nesta segunda-feira (09) o julgamento do ex-cabo PM Jairo Sebastião Dantas, acusado de planejar o assassinato do empreiteiro José Maria dos Santos, o “Araújo”, sob a presidência do juiz Maurício Brêda, no salão do júri da 7ª Vara Criminal da Capital, conforme previsto na legislação penal.

Em agosto de 2011, o Tribunal de Justiça de Alagoas, durante sessão da Câmara Criminal anulou o julgamento realizado em março de 2010 do réu, após se certificar que a sentença proferida pelo júri estava totalmente destoante das provas apresentadas nos autos.

No julgamento realizado em março de 2010, o ex-cabo PM Jairo Sebastião Dantas foi condenado a quatro anos de prisão pelos crimes de formação de quadrilha e favorecimento pessoal dos bens subtraídos da vítima. Na ocasião, o Ministério Público, através do promotor de justiça Magno Alexandre Moura recorreu da sentença.

José Maria dos Santos, “Araújo”, foi assassinado em fevereiro de 2006, quando dormia no sofá de sua residência após ingerir um suco contendo o sonífero Rivotril, dado pela sua mulher, Maria José da Silva, conhecida como “Nena”. O crime foi encomendado após descobrir a traição amorosa de Nena com o José Carlos de Almeida Santos. Como o empreiteiro estava decidido a deixar a esposa, Nena, para não sair da relação "sem nada", planejou o crime, oferecendo R$ 35 mil reais aos envolvidos para matarem o empreiteiro, no intuito de ficar com bens da vítima.

O ex-cabo da Polícia Militar Jairo Sebastião e o ex-policial militar Edílson José Correia do Nascimento foram contratados por José Carlos de Almeida para praticar o assassinato. Tão participaram do crime Luiz de Aquino Ferreira e Marcelo Correia da Silva, ambos já condenados por 33 anos e 24 anos de prisão, respectivamente. O ex-policial militar Edílson José Correia do Nascimento recorreu ao STJ e aguarda o julgamento daquela Corte.

De acordo com os autos do processo, o ex-cabo PM Jairo Sebastião Dantas foi o primeiro a ser preso, após quarenta dias de consumado o feito macabro, em virtude da investigação ligá-lo à emissão de um cheque falsificado da vítima. O delegado da época Carlos Alberto Reis, conseguiu juntar as peças do quebra-cabeça e prender todos os envolvidos no assassinato do empreiteiro.

De acordo com os autos, o ex-cabo PM Jairo e o ex-policial militar Edílson José Correia do Nascimento foram os condutores para a consumação do assassinato de José Maria dos Santos, após serem contratados pelo amante da autora intelectual, a mulher do empreiteiro, Maria José da Silva, a Nena, já condenada a 31 anos de reclusão.

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