Em julgamento, ex-PM fica em silêncio e promotoria pede condenação
Foi marcado pelo silêncio do réu o início do julgamento do ex-cabo da Polícia Militar, Jairo Sebastião Dantas, principal acusado de planejar o crime que vitimou o empreiteiro José Maria dos Santos, o “Araújo”, morto em 2006.
Presidido pelo juiz Maurício Brêda, o julgamento teve início com o réu em silêncio, usando o direito de não precisar prestar qualquer tipo de esclarecimento, uma vez que já o fez em juízo no primeiro momento da investigação do crime.
Mesmo com o réu, então militar na época do crime, estando de plantão no dia do crime, o Ministério Público, através do promotor Magno Alexandre Ferreira Moura, pediu a condenação de Jairo Sebastião Dantas, principal suspeito de planejar o crime.
A acusação ainda destrinchou toda a cena do crime, que teve Jairo Sebastião Dantas como um dos mentores. Edmilson José Correia do Nascimento, também ex-limitar, teria contratado Luis Aquino Ferreira e Marcelo da Silva Correia, que já foram condenados a 24 e 30 anos respectivamente para executarem o empreiteiro José Maria dos Santos o “Araújo”.
Quando chegaram à residência da vítima, que já havia sido dopada pela própria esposa, Maria José da Silva, “Nena”, os assassinos finalizaram o serviço, estrangulando o empreiteiro com um fio telefônico.
Após o crime, a esposa enrolou o marido num lençol e colocou no próprio carro, sendo levado pelos assassinos para uma estrada vicinal no município de Satuba, onde foi encontrado 20 dias depois por um caçador.
O corpo foi levado para o Instituto Médico legal (IML), mas não foi reconhecido pela família, sendo enterrado como indigente, com a situação sendo descoberta e resolvida posteriormente á pedido da família. Toda ação foi acompanhada do lado de fora da residência, pelo ex-militar Edmilson e pelo amante da esposa, José Carlos Almeida.
O julgamento que estava marcado para às 08h desta manhã, começou com atraso, mas, deve ser concluído até o final desta tarde, no máximo até a noite. Além dos dois acusados Luis Aquino Ferreira e Marcelo da Silva Correia, a esposa Maria José da Silva também está presa.
O caso
Em fevereiro de 2006, Araújo foi assassinado quando dormia no sofá de sua residência, após ingerir um suco contendo o Rivotril, dado pela sua mulher. Maria José da Silva, a Nena. Os ex-policiais militares Jairo Sebastião Dantas e Edílson José Correia do Nascimento, o amante de Nena José Carlos de Almeida Santos, que está foragido, Marcelo da Silva Correia e Luiz de Aquino Ferreira tiveram participação no crime, segundo a Polícia.
O motivo
Após descobrir a traição amorosa de Nena com o José Carlos de Almeida Santos, Araújo teria decidido se separar. Para não sair da relação "sem nada", ela planejou o crime, oferecendo R$ 35 mil aos envolvidos para matar o empreiteiro, no intuito de ficar com bens da vítima.
A participação
De acordo com os autos, Jairo e Nascimento foram os condutores para a consumação do assassinato de Araújo, após serem contratados pelo amante da autora intelectual, Nena, que foi condenada a 31 anos de reclusão.
Jairo para concretizar a trama contratou Luiz de Aquino Ferreira (já condenado a 33 anos de prisão) e Marcelo Correia da Silva (também condenado a 24 anos de prisão).
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