Previsão climática para Alagoas é de chuvas dentro da média

07/07/2012 07:21 - Maceió
Por Redação

 

As chuvas que vêm banhando o semiárido alagoano nos últimos dias trouxeram novas esperanças aos produtores rurais, porém não são o suficiente para suprir o déficit hídrico causado pelo período de estiagem. Essas são as informações do Departamento de Meteorologia (DMET) da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), que informa ainda que nos próximos meses a tendência é de que as chuvas permaneçam dentro da média histórica e depois voltem a diminuir.
O meteorologista do DMET, Rômulo Abreu, informa que os dados do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) preveem que os meses de julho, agosto e setembro têm 40% de chances de permanecer com chuvas dentro do esperado. Ele afirma ainda que as previsões para a Região Nordeste do País serão confirmadas na Reunião Climática do mês de julho, onde diversos órgãos do País e dos estados da região se reúnem para comparar dados e emitir a previsão definitiva. “Não podemos confirmar nenhuma informação desse caráter sem o respaldo da Reunião Climática”, diz o técnico.

Vinícius Pinho, meteorologista da Sala de Alerta da Semarh, concorda com o que foi pontuado pelo colega de profissão Luís Carlos Molion em recente palestra. “Estamos passando por um período neutro, de transição entre o fenômeno La Ninã e o El Niño. O El Niño faz com que a região semiárida do Brasil tenha poucas chuvas no período a partir de setembro, e é isso que iremos vivenciar”, informa.

O técnico diz ainda que mesmo com a chuva permanecendo dentro da média no próximo trimestre, o benefício para quem vem sofrendo com a estiagem ainda é insuficiente. “O período de plantio dos produtores já passou e as perdas agrícolas são irreparáveis”, lamenta, reforçando que o déficit hídrico de chuvas é alto, e que as chuvas não resolverão os problemas de abastecimento.

No entanto, o Governo de Alagoas vem trabalhando incansavelmente na recuperação de nascentes, poços artesianos e sistemas dessalinizadores, bem como na construção de cisternas, de forma que mesmo que a estiagem persista após esse pequeno período chuvoso, os sertanejos não sofram tanto com seus efeitos.
 

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