O ex-governador Ronaldo Lessa será intimado a comparecer, no próximo dia 23, às 10 horas, na 2ª Zona Eleitoral. Lessa será ouvido em uma audiência que trata de uma ação penal eleitoral movida pelo governador Teotonio Vilela Filho, que acusa Lessa do crime de calúnia durante as eleições de 2010.
Na última terça-feira (04), o juiz Carlos Cavalcanti de Albuquerque Filho determinou a data da audiência de instrução e a convocação do ex-governador e candidato a prefeito de Maceió. “Determino ao cartório que proceda a intimação, pessoal, do acusado Ronaldo Augusto Lessa Santos e dos respectivos advogados, estes por meio do diário, para que compareçam à audiência designada”, afirmou o magistrado em sua decisão.
À reportagem do CadaMinuto, Cavalcanti disse que não comentariao processo, já que o caso ainda está em andamento.
De acordo com o advogado de Lessa, Marcelo Brabo, essa será apenas uma audiência do processo. “O crime de calúnia é de menor potencial ofensivo. Se condenado, o que não acredito que aconteça, isso não torna Ronaldo Lessa inelegível, uma vez que esse tipo de crime não se encaixa na Lei da Ficha Limpa”, explicou Brabo.
O caso
Ronaldo Lessa, então candidato ao governo do estado, insinuou, em entrevista ao um jornal, que o seu adversário nas urnas, Teotonio Vilela Filho, teria sido o responsável pela invasão de um comitê do PDT às vésperas da eleição. Na ação criminosa, foram levados computadores e documentos.
Na determinação do juiz consta a declaração de Lessa ao periódico. "... Uma coisa é determinante, não há a menor dúvida que foi uma coisa dirigida politicamente. E vejo o candidato, que é nosso adversário, como o principal suspeito ... e a forma como o outro candidato tem agido só me leva a crer em sua participação", disse o ex-governador sobre o furto em seu comitê.
A Polícia Federal instaurou um inquérito para apurar a prática do crime de calúnia. A peça policial foi remetida à Justiça.