A definição do quadro de candidatos à Prefeitura de Maceió - com sete nomes postos - chamou a atenção também pela escolha dos vices. Muitos definidos de última hora, outros na tentativa de construção de uma saída honrosa do processo. O fato é que eles podem - não sei se pretendem! - contribuir na construção dos discursos de seus candidatos na corrida eleitoral. Resta saber se contribuirão para o “bem” ou para o “mal”.

O vice não pode ser mera figura alegórica no carro principal da coligação. Mas, para muitos representou algo bem pior que isto. Para além da figuração, o que se viu em algumas chapas foi a possível cadeira de vice-prefeito ser trocada por tempo de televisão, ou então ser ocupada por um nome às pressas diante da falência de negociações. Teve coligação com o “suplente de vice” já preparado para assumir a condição ao não fechar acordos.

Na campanha, é hora dos vices não se mostrarem tão inexpressivos (um dos adjetivos dados a muitos deles nos bastidores políticos). O processo para as escolhas dos vices pode ainda ser um termômetro para o eleitor entender como pensam os grupos políticos que pretendem chegar ao poder ao fim da eleição. Além do mais, revelam rasteiras e o fisiologismo barato de tão evidente, mas que muitos ainda tentam disfarçar - com uma pá de cal! - de ideologia.

Quem são vices que aí estão? Biografias também fazem diferença. É válido lembrar que no impedimento do titular - o que pode ocorrer, como bem já mostra a história política deste país - estas figuras, muitos ainda “na sombra”, vão cair de pára-quedas na cadeira de prefeito. Portanto, não podem, nem devem ser ignorados do processo. É preciso saber o que pensam. Em muitos casos, saber até se pensam e se sabem da importância do local onde se encontram.

O vice construído por meio de saída honrosa de determinado pré-candidato que não conseguiu consolidar a sua candidatura já nasce com o fisiologismo ao seu lado, além da velha prática da “política-hereditária”. O vice confirmado após rejeitado durante todo o pleito nasce como imposição e um acordo acima do candidato.

Os vices de chapa-pura aparentam ainda serem nomes escolhidos na pressa. Em alguns partidos, para se manterem no jogo após a falência de negociações. Sobraram no meio da pista e precisam marcar presença diante da ausência da “saída honrosa”. Bem, mas que ao menos todos os vices se posicionem e que não tenhamos pomares nestas eleições de 2012. Começa o jogo eleitoral. Que os vices sejam instigados a participarem dele!  

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