Policiais Civis de Alagoas estão em Rio Largo, na manhã desta segunda-feira (02), na tentativa de localizar e prender sete pessoas acusadas de integrar um esquema em processos licitatórios envolvendo vereadores e o chefe do executivo - agora afastado - Toninho Lins. Os agentes cumprem mandados expedidos pelos juízes da 17ª Vara Criminal da Capital, a pedido do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc).

De acordo com a assessoria da Polícia Civil, não se trata de novos mandados, mas aqueles expedidos pela justiça e que não foram cumpridos devido as pessoas não terem sido localizadas. Os agentes estão no município e realizam um trabalho de investigação para conseguir cumprir a determinação da justiça.

"Essa é uma operação diferente, pois quando se tem os mandados, normalmente os agentes já vão direto na residência dos acusados e os prende. No entanto, os agente estão no município para tentar localizar os foragidos que deveriam ter sido presos naquela operação desencadeada no município", colocou a assessoria, fazendo referência à ação policial que culminou com a prisão de vereadores e do prefeito afastado.

Os mandados são cumpridos pela Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic). São procurados da justiça: José Cícero Gomes, Daniel Fernandes, Alexandre Torres, Jalder Inácio, Djanete Ferreira além de outra pessoas cuja identidade não foi revelada.

A operação é referente à compra e venda de um terreno por um valor muito abaixo do mercado. O local pertencia a uma usina e foi comercializado a uma empresa privada no ramo da construção civil.Investigações

O Ministério Público iniciou as investigações sobre a venda de terrenos em Rio Largo, após o recebimento de denúncias. O prefeito de Rio Largo, Toninho Lins, teria vendido um terreno que vale cerca de 21 milhões a uma empresa pelo valor de R$ 700 mil. O negócio teria sido feito com o aval dos vereadores da cidade.

No dia 17 de maio, os vereadores Nilton Pontes, Cícero Inácio, Aloísio Experidião, Jeferson Alaexandre, Reinaldo Cavalcante, Ionadi Cardoso e Nilton da Famárcia, além de dois empresários. Toninho Lins também teve um mandado de prisão expedido e acabou se entregando à justiça. Todos já estão em liberdade devido um habeas corpus concedido.