Jovem de 20 anos quer recorde com volta ao mundo pilotando monomotor

24/06/2012 04:19 - Brasil/Mundo
Por Redação

A bordo de um avião monomotor, o piloto Walter Toledo começa no dia 8 de julho uma aventura ao redor do mundo que pretende concluir em 20 dias e, de quebra, cravar seu nome no Guiness World Records, o livro dos recordes. O plano da expedição “Brasil Voando Alto” começa no Aeroporto dos Amarais, em Campinas (SP), e inclui 12 países das américas Central, do Norte e Europa. Se tudo sair como planejado, com 125 horas de voo e 11 mil litros de combustível, será o mais jovem a executar tal façanha. Aos 20 anos, Toledo tenta deixar para trás a marca do jamaicano Barrington Irving, que em 2007 fez a viagem em 97 dias, aos 23 anos de idade.

Natural de Lins (SP), o jovem é apaixonado pela aviação desde pequeno. "Nunca pensei em ter outra profissão. Minha mãe conta que eu não brincava com carrinho e 'hominhos' quando era criança, sempre com aviãozinho", conta o piloto. Desde então, a paixão só aumentou. Quando ganhou os primeiros computadores, os jogos favoridos eram simulares de voos. Aos 16 anos, Toledo começou a fazer o curso teórico em Campinas para tirar a carteira, conhecida como brevê, e assim iniciar a carreira na aviação.

Ele chegou a ser apelidado de "Zero Um", em referência ao nome dado pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), do Rio de Janeiro (RJ) aos policiais que passavam por treinamento para aderir ao grupo. A expressão ficou popular após o lançamento do filme 'Tropa de Elite' (2007), dirigido por José Padilha. "Eu achei que poderia fazer tudo com 16 anos, como fazer os exames e pilotar. Mas não dá pra fazer quase nada. Todo mundo achou que eu fosse desistir", explica.

O primeiro voo sozinho foi feito no Aeroporto Campo dos Amarais no dia em que completou 18 anos. "O meu instrutor me perguntou se eu estava pronto. Mas eu achava que estava pronto há seis meses. E lá fui eu. Antes de decolar, bati continência para o meu irmão, o único da família que estava lá. Não dá pra descrever o primeiro solo [voo em que o piloto voa sozinho, sem a ajuda do instrutor]. Só quem faz sabe como é", descreve. O piloto está no último ano do curso superior de aviação civil em São Paulo (SP). Depois de se formar, ele quer trabalhar em uma companhia aérea comercial.

'Dê-nos a missão'
A ideia de fazer a viagem surgiu em novembro do ano passado, quando Walter leu em uma revista especializada em aviação que um jamaicano havia batido o recorde da pessoa mais nova a dar a volta ao mundo a bordo de um monomotor. "Comecei a pensar se seria possível. Se está dentro do escopo da aviação, por que não?". O projeto começou a ser desenvolvido em janeiro deste ano, com os estudos de custo e planejamento de voo. A expedição tem valor estimado de R$ 200 mil e conta com a participação direta de dez pessoas, entre assessores e um estrategista que trabalhou por dez anos com Amyr Klink.

Com a frase usada pelo Corpo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul 'Não nos pergunte se somos capazes. Dê-nos a missão', o avião usado na expedição será um monomotor fabricado pela Piper. A aeronave tem alcance de 1300 milhas náuticas (2.400km), altitude máxima de voo de 25 mil pés e capacidade para seis pessoas. Com consumo horário de 72 litros por hora em voo de cruzeiro, o avião foi batizado com o nome de Piper Malibu Matrix.

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