Corpos esperam liberação no IML; direção reconhece deficiência

21/06/2012 09:16 - Maceió
Por Redação
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O novo diretor do Instituto Médico Legal, Luiz Antônio Mansur, disse – em entrevista a imprensa na manhã desta quinta-feira (21), que não encara o que cargo que ora assume como um grande desafio, mas reconheceu as deficiências históricas que o local apresenta. Atualmente, os dezesseis médicos legistas do Instituto estão em greve e três corpos esperam os procedimentos legais para posterior liberação.

Apesar da insistência por respostas, o novo diretor não quis fazer nenhum juízo de valor sobre a situação preocupante que o IML se encontra. Ele reconheceu que as dificuldades são históricas e responsabilizou governantes de gestões passadas pelo caos. ”Estava afastado do IML por problemas de saúde, mas como médico-legista tenho conhecimento de todos os problemas. Vamos sentar e analisar todas as situações e propor os melhores caminhos. O meu desejo é resolver as deficiências em sintonia total com os servidores. Concordo em síntese com a pauta de cobrança dos funcionários”, colocou o diretor.

Com relação aos três corpos que aguardam os procedimentos legais para liberação, o novo diretor assegurou que o Estado resolverá a situação em breve. “No Brasil, existe a cultura de velar o morto no mesmo dia ou até um dia após. Em outros países, a cerimônia demora uma semana, duas ou até um mês para acontecer. O Estado tem um prazo máximo para devolver o corpo à família e dentro desse limite vamos solucionar. Sabemos do sentimento dos parentes, mas é preciso compreender também as deficiências do IML”, destacou.

Desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira, os médicos-legistas pararam as suas atividades solicitando melhores condições de trabalho, além de outras questões estruturais. “A Secretaria de Estado de Defesa Social não foi comunicada oficialmente sobre nenhum movimento grevista. Portanto, não temos conhecimento de greve ou algo relacionado a isso. O médico que estava de plantão pode ter faltado. Enfim, vamos procurar as respostas”, declarou Mansur à imprensa.

O movimento grevista foi divulgado fartamente na imprensa alagoana desta a última terça-feira (19).

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