Prefeitos buscam solução para enfrentar seca em Alagoas

18/06/2012 09:08 - Política
Por Redação
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“Não sou tão velho assim, mas eu nunca vi uma seca tão forte como essa que atinge o sertão alagoano”. O alerta em tom desabafo é um fragmento da declaração do presidente da Associação dos Municípios Alagoano, Palmery Neto, que reuniu na manhã desta segunda-feira (18), na sede da AMA, alguns prefeitos das cidades atingidas e autoridades dos governos Estadual e Federal para traçar as ações de combate à seca.

Dados do governo Federal mostram que o período de seca em Alagoas já gerou, até o momento, mais de R$ 60 milhões de reais em prejuízo para diversos setores e a projeção futura não é nada otimista. “Estamos trabalhando para resolver, no primeiro momento, o problema na assistência à água potável e alimentação de pessoas e do gado. A Defesa Civil Estadual tem em cofre mais de R$ 10 milhões que serão utilizados nessas primeiras ações. Logicamente, que serão necessários outros recursos. As dimensões da seca são imprevisíveis. Infelizmente, em 2013 a perspectiva é péssima. Ações devem acontecer em curto, médio e longo prazo”, alertou Palmery.

Por precaução, o presidente da AMA informou que os recursos para combate à seca serão administrados exclusivamente pelo governo de Alagoas. “Em uma rápida reunião com os prefeitos ficou decidido que esses valores não passarão pelas contas das prefeituras. É público e notório que estamos em ano eleitoral. Para que qualquer ação assistencialista não tenha cunho partidário ou eleitoreiro, adotamos essa postura. Alguns prefeitos se mostraram contrários, mas como na democracia a maioria vence, assim ficou decidido”, destacou.

O analista de Desenvolvimento Regional da Secretaria Nacional de Defesa Civil, Edson Oliveira Júnior, também participou do encontro promovido pela AMA. Na oportunidade, o analista destacou a importância do alinhamento de pensamento na tentativa de diminuir os impactos da seca em Alagoas. “É fundamental que os prefeitos participem desses debates e coloquem seus objetivos. Cada região tem uma necessidade em especial e o nosso objetivo é supri-la. Para isso, a participação de todos na discussão é importante”, pontuou.

O analista disse também que outros recursos oriundos do governo Federal devem chegar ao estado de Alagoas nos próximos dias, já que mais de 200 mil pessoas estão precisando de ajuda imediata. “O governador Teotônio Vilela tem se mostrando empenhando em diminuir o impacto da seca nas vidas dos alagoanos. Na reunião de hoje, vamos discutir as primeiras ações. O governo Federal participará de todo o processo de restruturação”, salientou.

Até o momento, mais de 33 cidades de Alagoas declararam estado de emergência e já recebem assistência do Exército brasileiro na obtenção de água potável.

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