Seleção feminina de vôlei falha em seu 1º grande teste para Londres

17/06/2012 14:07 - Vôlei
Por Redação
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Em seu primeiro duelo no ano contra uma equipe candidata ao ouro na Olimpíada, a seleção feminina de vôlei, atual campeã falhou. Mesmo atuando em casa, em São Bernardo, o Brasil foi derrotado de virada pelos EUA, atuais líderes do ranking mundial, por 3 sets a 1 (20/25, 25/18, 25/18, 25/18 e 25/23).

Com o revés, a seleção comandada por José Roberto Guimarães perde a invencibilidade no Grand Prix após as vitórias conquistadas nos últimos cinco jogos.

As americanas contaram com grande atuação da oposto Destinee Hooker, que se tornou ídolo da torcida brasileira após conduzir o Osasco ao título da última Superliga e de Jordan Larson. A ponteira foi a maior pontuadora ao lado de Thaísa, do Brasil. Cada uma anotou 20 pontos.

Neste domingo, o Brasil voltou a demonstrar irregularidade, algo que já havia ficado evidente até mesmo nos triunfos anteriores sobre Alemanha, que não está classificada para a Olimpíada, e sobre a Itália, que trouxe ao Brasil uma equipe formada quase inteiramente por reservas.

Mas, no último jogo em São Bernardo, o Brasil iniciou o jogo de forma bem diferente dos dias anteriores. A equipe entrou focada desde início e, empurrada pela torcida, vibrava com cada ponto como se fosse final. Com isso, fez um primeiro set quase impecável, com a defesa e o bloqueio funcionando muito bem.

Fabíola trabalhou bem as bolas com as centrais, levando Thaísa a ser o maior destaque brasileiro na parcial, com oito pontos.

Já as americanas centraram praticamente todas as ações de ataque em Hooker. As centrais foram praticamente nulas durante o set --tanto no bloqueio, quanto no ataque-- e Logan Tom teve atuação apagada, o que facilitou o trabalho do bloqueio brasileiro.

A parcial se manteve equilibrada até a metade, quando Zé Roberto lançou mão mais uma vez de sua nova arma: o serviço de Priscila Dairot. A novata entrou em quadra e, com saque tático, destruiu a recepção americana. O Brasil acabou abrindo em 20 a 16.

O time se manteve ligado. Paula Pequeno foi a heroína do último ponto. No meio do rali, a ponteira chegou a salvar uma bola praticamente perdida com o pé. Logo depois, coube a ela fechar a parcial com um ataque e levar a torcida ao delírio.

No segundo set, o ritmo brasileiro caiu bruscamente. A equipe voltou a mostrar fragilidades que estiveram evidentes também nos dois primeiros duelos em São Bernardo. Desconcentração, falhas na recepção. O ataque brasileiro se tornou presa fácil para o bloqueio americano. Logo no início, as americanas abriram ampla vantagem de cinco pontos e se mantiveram à frente.

Zé Roberto ainda tentou colocar Mari e Fernandinha em quadra para tentar recuperar a parcial, mas as modificações não surtiram efeito. As americanas mantiveram a vantagem e, num erro de ataque de Paula, fecharam o set com facilidade em 25 a 18.

No terceiro set, o Brasil voltou a falhar muito no passe, o que dificultou o trabalho da levantadora Fabíola e do ataque, que encontrava grande dificuldade para colocar a bola no chão. Zé Roberto ainda tentou mexer na equipe, colocando Fernandinha, Adenízia e Mari em quadra nos lugares de Fabíola, Fabiana e Sheilla. Mas, com Hooker no saque, os EUA abriram larga vantagem de 10 a 3.

O Brasil esboçou ligeira reação, mas a equipe encontrava incrível dificuldade para converter os ataques em pontos. As únicas exceções eram as centrais Adenízia e Thaísa que, quando acionadas, colocavam a bola no chão. Mas as bolas levantandas para Mari, Jaqueline e, sobretudo, Paula Pequeno quase sempre acabavam no bloqueio americano, na rede ou indo para fora. Com isso, os EUA, bem mais eficientes no ataque, conseguiram fechar a parcial com facilidade: 25 a 18.

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