“Então a vida do meu pai não valia nada, já que a bicicleta roubada foi descartada depois”. A afirmação é do empresário André Palmeira, filho do médico Alfredo Vasco, assassinado no dia 26 de maio no Corredor Vera Arruda, no Stella Maris. Palmeira afirmou que, embora a família tenha recebido com alegria a notícia de que os assassinos do pai foram identificados e um deles apreendido, o fato de os criminosos terem menos de 18 anos é preocupante.

“Hoje em dia são crianças cometendo crimes e isso causa indignação, é um absurdo. Isso nos leva a crer que o futuro dessas gerações está perdido”, afirmou Palmeira.

O empresário disse ainda que como os jovens apontados pela Polícia como autores do crime são menores deverão passar pouco tempo presos. “Com 16 anos pode votar e ajudar a escolher os representantes do povo, mas não pode responder por um crime?”, indagou.

Palmeira elogiou a Polícia Civil e disse que acompanhou o trabalho da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic). “Parabenizo pelas investigações. As Polícias daqui não deixam a desejar, só falta que o governo dê suporte às instituições”, observou.

Sobre as críticas de que o crime só foi elucidado porque a vítima residia em uma área nobre de Maceió, Palmeira frisou que o grande questionamento que deve ser feito é para o governo, que deve apresentar soluções para conter a onda de violência no estado. O empresário afirmou que espera que as medidas a serem anunciadas dentro do Plano de Segurança sejam permanentes.

“A minha luta agora não é pelo meu pai, que já morreu, mas para que isso não volte a ocorrer. Queremos que as ações do Plano sejam constantes, pois somente assim teremos bons resultados. É importante também que se invista em educação”, finalizou Palmeira.