A inflação percebida pelas famílias de baixa renda acelerou em maio, segundo aponta o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), usado para medir o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos. O indicador subiu 0,78% no mês passado, após mostrar alta de 0,59% no mês anterior. Com o resultado, o índice acumula alta de 3,07% no ano e de 5,07% em 12 meses. Os números foram divulgados nesta terça-feira (12) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
A taxa do IPC-C1 em maio ficou acima da inflação média apurada entre as famílias com renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR). Este indicador mostrou alta de 0,52% em maio.
A taxa de inflação acumulada em 2012 do IPC-C1 também foi maior do que a apresentada para o mesmo período pelo IPC-BR, que subiu 2,72% no período. O mesmo se viu com a taxa acumulada em 12 meses do IPC-C1, que se posicionou ligeiramente acima da apurada pelo IPC-BR para o mesmo período (5,06%).
Quatro das oito classes de despesa usadas no cálculo do índice tiveram acréscimo nas taxas de variação: habitação (de 0,41% para 0,83%), alimentação (de 0,44% para 0,79%), vestuário (de 0,37% para 1,01%) e despesas diversas (de 4,06% para 4,46%). Dentro desses grupos, as maiores influências partiram de taxa de água e esgoto residencial (de 0,00% para 3,13%), hortaliças e legumes (de -0,15% para 6,42%), roupas (de 0,52% para 1,18%) e serviço religioso funerário (de 0,13% para 1,39%).
Na contramão, tiveram desaceleração das variações de preços os grupos saúde e cuidados pessoais (de 1,34% para 0,80%), comunicação (de 0,13% para -0,33%), transportes (de 0,07% para -0,01%) e educação, leitura e recreação (de 0,33% para 0,29%). Os maiores destaques vieram de medicamentos em geral (de 2,01% para 1,42%), tarifa de telefone residencial (de 0,20% para -0,77%), gasolina (de 0,02% para -0,34%) e hotel (de 3,25% para 0,32%).