Toninho Lins é afastado da prefeitura por determinação da Justiça

11/06/2012 07:37 - Interior
Por Redação
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A prisão do prefeito de Rio Largo, Antônio Lins de Souza Filho, é apenas uma das batalhas que ele terá que enfrentar na justiça. Isto porque nesta segunda-feira (11), o juiz Ayrton Tenório, da 2ª Vara da Comarca do município, determinou seu afastamento até que o processo que investiga uma provável improbidade administrativa envolvendo o prefeito tenha sido concluído. A decisão está publicada no Diário Eletrônico da Justiça.

A denúncia foi formalizada pelo Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), do Ministério Público Estadual, por meio do promotor José Carlos Castro, que está responsável pelo caso.

Toninho Lins está preso desde o dia 23 deste mês, na Academia da Polícia Militar, no bairro do Trapiche, em Maceió. O prefeito teve a prisão decretada por suspeita de envolvimento em um esquema de venda ilegal de terrenos. Uma área que valeria R$ 21 milhões foi desapropriada e vendida por apenas R$ 700 mil. A Justiça também decretou a prisão preventiva de 10 vereadores de Rio Largo, sete deles foram detidos, mas dois já estão em liberdade.

No dia da prisão, membros do diretório do PSB decidiram, por unanimidade, afastar o prefeito de Rio Largo, Toninho Lins, do partido por tempo indeterminado. De acordo com a presidente do PSB em Alagoas, Kátia Born, o partido tem uma conduta ética ímpar que deve ser seguida por todos os membros.

Um dia após o prefeito ter se apresentado à Justiça, novas denúncias surgem contra o gestor, quando representantes do Movimento contra a corrupção e violência no município protocolaram no MP documentos que comprovariam irregularidades desde o início da gestão de Toninho.

A contratação de uma empresa com a dispensa de licitação é o carro-chefe das denúncias. A Tavares e Souza, empresa de contabilidade, recebe R$ 45 mil mensais da prefeitura de Rio Largo para organizar a folha de pagamento dos servidores. Outra coisa curiosa é que essa mesma empresa já havia sido denunciada por Toninho Lins, quando ele era vereador. Ele procurou o Ministério Público para denunciar que a Tavares e Souza recebia R$ 7 mil na época que a prefeita era a Vânia Paiva.

Além das supostas irregularidades na contratação da Tavares e Souza, o Movimento denunciou ainda o uso de laranjas em negociações da prefeitura, dispensa de licitação para a merenda escolas e locação de veículos fantasmas.

No dia 31 de maio, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), OG Fernandes, integrante da Sexta Turma, negou liminar em habeas corpus impetrada pelo advogado José Fragoso Cavalcanti em favor do prefeito. 

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