Enquanto Jefferson Morais (Democratas) já assume que não é candidato do governo - frase dele: “Não sou candidato do governo. Sou candidato do Democratas. O candidato do governo é o Rui” - o vice-governador José Thomaz Nonô é mais cauteloso nas colocações, como se pode observar na entrevista concedida ao Programa Cidadania, na Rádio Jovem Pan.

Nonô afirma ver com bons olhos a pluralidade de nomes no pleito de 2012. Coloca ainda que a base de Vilela está trabalhando candidaturas diversas já no objetivo de um segundo turno. Logo, a única oposição - aos governistas - é o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), que tem como vice Mosart Amaral (PMDB).

Um discurso menos afoito que o de Morais! Claro, afinal, para Nonô sobra experiência. O Democratas segue na construção de seu projeto - o que é legítimo - e para isto não pode fechar portas com declarações que soem precipitadas. Faz parte do processo político. Nonô defende a pluralidade como forma de fortalecimento do processo e diz que Vilela comunga desta visão.

Quem passar para o segundo turno, aglutina a base novamente. Então que não for agora, pode ser o candidato do governador lá na frente. Questão de lógica, mesmo que Vilela tenha só um voto a colocar na urna. Dizem por aí que é o peso de Vilela - diante das críticas que o governo sofre - que tanto incomoda. Bem, para bom entendedor, entrelinhas bastam...

No mais, o Democratas deve conversar com outros partidos nesta reta final. O PP está na lista dos diálogos. Sem fechar portas - como afirma Nonô - mantendo boas conversas e esperando pelo dia 30, quando deve ocorrer as convenções de todos os partidos. Nonô sabe que não há porque ser afoito, sobretudo, em um pleito com tanta pluralidade e tendo - o Democratas - um candidato bem colocado nas pesquisas.  

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