Médicos do Hospital Universitário podem aderir à greve nacional

11/06/2012 12:56 - Maceió
Por Redação
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Médicos servidores públicos federais pretendem paralisar as atividades na próxima terça-feira (12) em protesto contra a Medida Provisória (MP) nº 568, de 2012, que trata da remuneração e da jornada de trabalho de profissionais de saúde.

Em Alagoas, os médicos do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPPA-Ufal) não se posicionaram a respeito da paralisação. Segundo informações da assessoria de comunicação do HU, "a direção ainda não foi comunicada oficialmente sobre qualquer alteração nas atividades médicas realizadas no Hospital".

“Caso aconteça paralisação nos atendimentos, serão mantidos os 30% de serviços garantidos por Lei”, reforçou a Ascom do HU.

De acordo com a Federação Nacional dos Médicos (Fenam), o texto prevê que profissionais que atualmente mantêm jornada de 20 horas semanais no serviço público, ao ingressar na carreira, tenham que cumprir 40 horas semanais e receber o mesmo valor – uma redução de 50% na remuneração.

“A medida é considerada pelo presidente da entidade, Cid Carvalhães, como um enorme retrocesso em um país já tão castigado pela carência do Sistema Único de Saúde [SUS] e pela desvalorização dos profissionais de medicina”, informou a Fenam.

Também na terça-feira, a Comissão Mista do Congresso Nacional deve votar a admissibilidade da MP 568. O objetivo da categoria é, por meio da paralisação, pressionar o Parlamento e abrir caminho para a primeira greve geral de médicos servidores federais no país.

“As entidades médicas compreendem que a MP traz a determinados setores do funcionalismo avanços importantes, que devem ser mantidos e até ampliados. Entretanto, particularmente nos artigos 42 e 47, prejudica os atuais e futuros servidores médicos, dobrando jornadas sem acréscimo de vencimentos, reduzindo a remuneração em até metade e cortando valores de insalubridade e periculosidade. As perdas atingem, inclusive, aposentados (e pensionistas), que tanto já se dedicaram ao serviço público, enfrentando baixos salários e condições de trabalho adversas”, concluiu a Fenam.
 

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