Família de idosa morta cobra justiça e acusa polícia pelo crime

08/06/2012 10:14 - Maceió
Por Redação
Image

Diante de uma tragédia familiar, na qual a idosa Zenaide Maria da Silva, 65 anos, morreu após ser atingida por uma bala perdida, num confronto entre policiais e traficantes, a família da vítima continua acusando os militares pelo crime a afirma que irá cobrar justiça.

No Instituto Médico Legal (IML), membros da família ainda assustados e abalados com o falecimento da idosa, confirmaram o que realmente aconteceu e criticaram duramente a ação da polícia no combate ao tráfico na região do Vergel do Lago.

Segundo informações da família, Zenaide estava do outro lado da porta da sua residência, conversando com um sobrinho e olhando uma pequena reforma que estava sendo feita, quando começou a troca de tiros e não teve tempo de correr, sendo atingido por um tiro em cheio no tórax.

De acordo com o filho da vítima, Gilson José da Silva, várias marcas de tiros ficaram cravados no muro, próximo de onde estava a idosa. “Meu vizinho tem os cartuchos, e temos certeza que foi um policial. Não foi o capitão, mas foi algum subordinado dele, cabo, soldado, mas foi um militar. Minha mãe não teve tempo para nada”, lamentou o filho.

Ainda de acordo com familiares, a ação da polícia no local é sempre da mesma forma, “truculenta e irresponsável”. “É sempre assim. Eles(Polícia) dizem que tem um serviço de inteligência, mas na hora de agir, mostram esse absurdo. Vivemos com medo da própria polícia”, afirmou um neto da vítima, que lembrou da proximidade do local do crime com o 1º Batalhão no Vergel do Lago.

Mesmo em estado de choque por conta do acontecido, a família irá aguardar o velório e enterro da vítima, para posteriormente cobrar justiça, pedindo indenização do Estado por supostamente ter responsabilidade no crime.

“Estamos muito abalados, é impossível não ficar. Mas, vamos dar a minha mãe a honra de um enterro digno e na próxima semana iremos cobrar do Estado, que é responsável por essa polícia, a responsabilidade desse crime bárbaro que matou a minha mãe”, afirmou o filho Gilson José da Silva.

BUSCAS

Após o crime, os militares do 1º Batalhão, juntamente com o apoio da Rádio Patrulha (RP) e guarnições do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), realizaram buscas no local para capturar os traficantes que teriam iniciado o tráfico.

Um homem chegou a ser detido para averiguações, mas, diante da sequencia no trabalho de buscas, o depoimento do acusado não foi informado e nem sequer foi levado a Central de Polícia.

AMEAÇAS

Diante da revolta da população com o crime, que acusa a polícia de irresponsabilidade e ter matado a idosa, um esquema de segurança foi feito em torno do batalhão, uma vez que populares ameaçaram protestar e atear fogo na sede do 1º Batalhão.

“Nós fomos ao local, acabamos recebidos a bala e respondemos por defesa, mas não houve confronto no local onde a idosa foi morta. Conversei com alguns membros do IC (Instituto de Criminalística) e eles me passaram que se trata de uma arma grande (12) e nós não usamos este tipo de arma. Infelizmente estão levantando essa possibilidade, mas vamos provar que a polícia não é irresponsável”, afirmou o capitão Paulo Costa, do 1º Batalhão.

Your alt text
Your alt text
Your alt text
Your alt text
Your alt text

Comentários

Os comentários são de inteira responsabilidade dos autores, não representando em qualquer instância a opinião do Cada Minuto ou de seus colaboradores. Para maiores informações, leia nossa política de privacidade.

Carregando..