OAB: fim do exame da ordem beneficia estelionato educacional

07/06/2012 11:19 - Brasil/Mundo
Por Redação

 

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro (OAB-RJ), Wadih Damous, criticou o projeto de lei 2.154/2011, que propõe o fim do exame da ordem, elaborado pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmando que a falta de oportunidades para os bacharéis que não recebem aprovação no exame é consequência da baixa qualidade de ensino nas faculdades. "A precariedade do ensino é que deve ser combatida, pois, de fato, representa verdadeiro estelionato educacional, especialmente em se tratando de faculdades privadas", afirmou em nota divulgada pela instituição.

Segundo Damous, o deputado quer permitir a entrada de aproximadamente 4,5 milhões de bacharéis "pelas portas dos fundos" por motivações de cunho pessoal. "É preciso que o Congresso Nacional se conscientize de que o Exame de Ordem é uma proteção à sociedade, e não um instrumento de poder ou reserva de mercado de interesse da OAB", ressaltou.

De acordo com a OAB, atualmente o Brasil tem cerca de 700 mil inscritos no órgão, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Para Damous, o pretexto de garantir o exercício da profissão aos bacharéis que não logram aprovação no exame, o que causaria a extinção do exame, causaria um dano grave a sociedade brasileira, além de representar retrocesso no tratamento do tema, sob o ponto de vista do direito comparado.
 

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