Em Maceió, divisão do PSDB de Teo cria obstáculo à candidatura de Rui

06/06/2012 13:01 - Geral
Por Redação
Image

A sucessão de Maceió vem trazendo lances curiosos e jamais observados na política estadual. Com 43% de rejeição, o governador tucano Teotonio Vilela decidiu não mostrar nem um favoritismo em apoiar a candidatura do tucano Rui Palmeira, bem visto perante a tucanada nacional. Com isso, os aliados de Teo decidiram lançar candidaturas próprias e avulsas para a sucessão de Cícero Almeida e enfrentar o favoritismo do ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), que se uniu a dois senadores: Collor (PTB) e Renan (PMDB).

Aliás, Teo apesar de ter sangue de udenista, já que seu pai, Teotonio Brandão Vilela, menestrel das Alagoas, foi udenista juntamente com o avô do federal Rui, o falecido senador Rui Palmeira, sempre fez política contra a base do pai de Rui, ex-governador e ex-ministro do TCU, Guilherme Palmeira.

Rui entrou no ninho tucano mas não satisfaz aos tucanos alagoanos, apesar dele ter conquistado 69 mil votos só em Maceió, credenciando-se assim para ser o futuro prefeito de Maceió, única capital do Nordeste onde o PSDB tem chance de vitória. Mesmo assim, os inquilinos palacianos não aceitam de bom grado sua candidatura.

Eis mais uma novidade para mostrar que o Rui Palmeira não se sente bem no ninho: O federal Givaldo Carimbão(PSB), cujo padrinho maior é o governador pernambucano, Eduardo Campos, vem acertando com o publicitário e marqueteiro Einho Jacome, que sempre trabalhou para o governador Teotonio Vilela e detém uma parte da publicidade do governo, para comandar a campanha do socialista Carimbão.

Na verdade isso não tira o sono de Rui, que tem uma boa sintonia com o povo de Maceió, respaldado pelo seu bom desempenho na Assembleia Legislativa e sua atuação independente na Câmara Federal, conquistando assim também a simpatia dos cardeais José Serra, FHC e Aécio Neves. Rui já partiu na frente contratando - papel assinado - a agência de publicidade que vai fazer sua campanha, a produtora de televisão Staff, que trabalhou para o ex-governador Lessa.

Mas essa divisão em nada prejudica Rui, pois ele vai assim conseguir uma vantagem: se afastar da rejeição que o governador Teotonio Vilela mantém em Maceió, onde inclusive em 2010 perdeu para Lessa.

Outro obstáculo para o Rui é o democrata Thomaz Nonô, que tinha tudo para se aliar ao Rui mas preferiu apoiar o deputado Jeferson Morais para se vingar do pai de Rui, que juntamente com Suruagy, certa vez, preteriu Nonô na disputa ao governo do Estado. Nonô tenta de toda forma alavancar o Jeferson Morais, inclusive na reta final, aliando-se aos collorido suplente de senador Euclides Mello e ao vereador Galba Novaes na tentativa de dar musculatura à campanha de Morais.

Nonô sempre foi um anti-Collor e na vez que se juntou com o senador petebista não foi bem sucedido. E agora tenta novamente se juntar ao grupo de Collor, cujo líder maior: senador Fernando Collor já decidiu que vai de Lessa.

acesse>twitter>@Bsoutomaior

Comentários

Os comentários são de inteira responsabilidade dos autores, não representando em qualquer instância a opinião do Cada Minuto ou de seus colaboradores. Para maiores informações, leia nossa política de privacidade.

Carregando..