A implantação do maior projeto de transferência de ciência e tecnologia na região Agreste, o Polo Tecnológico Agroalimentar, foi debatido por gestores da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Inovação e professores da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal). O encontro ocorreu na manhã dessa quarta-feira (30), na sede da Universidade, em Arapiraca.

No projeto consta a construção e reforma de duas unidades do Polo Agroalimentar, nos municípios de Arapiraca e Batalha, que prestarão serviços tecnológicos aos pequenos produtores de mandioca, hortifruticultura e derivados do leite. O Projeto recebe recursos do Governo do Estado, por meio da Secti e Fundação de Apoio à Pesquisa de Alagoas (Fapeal), e do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), no valor total de aproximadamente R$ 12 milhões.

A construção do projeto do Polo Tecnológico Agroalimentar de Arapiraca e Batalha, destacou o reitor da Uneal, Jairo Campos, foi construído em parceria pelos pesquisadores da Uneal e Universidade Federal de Alagoas, governo de Alagoas e gestores de instituições do setor produtivo. O reitor evidencia o papel fundamental da integração entre a universidade e os pequenos produtores, atendendo as necessidades locais.

O secretário da Ciência, Tecnologia e Inovação, Eduardo Setton, inicialmente defendeu a importância do Polo Agroalimentar, destacando que o governo de Alagoas, por conta da demanda, executa a ampliação do projeto criando o Parque Tecnológico Social de Alagoas. Dentro do Parque, cita o secretário, haverá a criação de novos Polos Tecnológicos, como o de Tecnologia da Informação, Comunicação e Serviços e o Polo da Química, Plástico e Materiais.

O governo de Alagoas com preocupação em dar sustentabilidade aos projetos de Polos Tecnológicos busca garantir recursos junto às instituições financiadoras nacionais e internacionais. “Não podemos pensar em sustentabilidade somente quando o prédio for concluído, estamos caminhando com o planejamento do funcionamento do Parque e Polos Tecnológicos”, destacou o secretário, citando a necessidade da criação da Fundação do Parque para a gestão dos Polos.

O superintendente da Secti, Geraldo Oliveira, apresentou aos professores da Uneal presentes a concepção do projeto com foco em atender a mandiocultura, hortifruticultura e a bacia leiteira, na região do Agreste. “Estamos buscando modelos de gestão no país e até internacionalmente para a Fundação que irá administrar o funcionamento”, disse Geraldo.

Os Polos prestarão serviços, realizarão pesquisa aplicada e transferência tecnológica em algumas áreas, como agrometeorologia, agropecuária, certificação, análises físico-química, análises microbiológicas, entre outras.

O superintendente Geraldo Oliveira citou também que atualmente a fase de implantação encontra-se na adequação da área para o início das obras e no processo de aquisição de equipamentos laboratoriais. Esta fase, no entanto, teve a necessidade de “gastar” três meses na atualização da lista dos equipamentos devido às evoluções tecnológicas e as necessidades de alguns serviços para então realizar a compra, após a confirmação da Finep.

Deyvson Cavalcante, professor da Uneal e representante no comitê de trabalho do Polo Tecnológico, lembrou que esse centro realizará pesquisa aplicada que atenderá as necessidades já identificadas no setor de agronegócio da região Agreste e da bacia leiteira. O professor também considerou importante a discussão sobre a gestão dos Polos, destacando a preocupação e o cuidado em atender o pequeno produtor rural.

Ficou determinada a realização de uma reunião mensal do grupo de trabalho para alinhamento e suporte das ações de implantação do Polo Tecnológico Agroalimentar de Arapiraca e Batalha.

Estiveram presentes a reunião, além dos professores da Uneal, o diretor de Parques Tecnológicos da Secti, Adeilto Lima, a diretora de Articulação Institucional, Flávia Toledo, e os assessores técnicos do projeto, Natália Velasquez e Rodolfo Menezes.

O Polo nasceu com a construção participativa da Secti, Uneal, da Universidade federal de Alagoas (Ufal), Fapeal. Além dessas instituições, o projeto do Polo é construído com a parceria da Secretaria de Estado da Agricultura, Federação das Indústrias de Alagoas (FIEA/IEL), SEBRAE, Federação da Agricultura e Pecuária (FAEAL), Prefeitura de Arapiraca, Prefeitura de Batalha, Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e Instituições de Ensino Superior do Estado.