Na corrida pelas composições para a disputa da Prefeitura Municipal de Maceió, quem pode acabar ficando de fora é o PP do senador Benedito de Lira, que tem como pré-candidato o secretário de Assistência Social, Marcelo Palmeira. Cada vez mais, o PP – que ainda é o partido do atual prefeito – só participa diretamente do jogo se lançar candidatura própria, tendo até que ser chapa puro-sangue. O que é – cá pra nós! - algo muito difícil de ocorrer.

Palmeira estava em campo – escalado por Benedito de Lira – para as rodadas de discussões envolvendo os “palacianos” da base do governador Teotonio Vilela Filho, que agrupa ainda – além do PSDB do pré-candidato e deputado federal Rui Palmeira – o PSB (Givaldo Carimbão como pré-candidato) e o Democratas (Jefferson Morais). Há o PPS, mas na mesma posição do PP. Mas, tem ficado para lá de coadjuvante.

Porque as alianças podem deixar o PP de fora? Simples: Rui Palmeira tenta consolidar sua candidatura independente dos demais partidos do bloco palaciano. Para isto, já adiantou diálogos em uma aliança quase certa com o deputado federal Maurício Quintella (PR). Isto já traz o PSL para dentro da composição e pode trazer o PSC, indicando como vice Cláudia Pessoa, que tem a confiança do prefeito Cícero Almeida (PP) e poderia – em tese! - ganhar a simpatia do chefe do Executivo municipal.

Almeida ainda possui boas relações com Quintella. Mas, evidentemente: o prefeito é uma incógnita. Mas, o xadrez é sim bem pensado! Por outro lado, Carimbão – conforme informações de bastidores – agregaria o restante da base palaciana, podendo até costurar uma chapa com o Democratas, afirma alguém muito próximo aos palacianos. Será? O PSB ainda sonha também em chegar perto do PT aqui em Alagoas. Vale lembrar que não são todos os petistas que defendem a participação na aliança já firmada entre o PDT do ex-governador Ronaldo Lessa e o PMDB do secretário municipal de Infraestrutura, Mosart Amaral.

Neste espaço, o PP volta suas atenções ao interior do Estado e à Câmara Municipal de Maceió. Ruim para Benedito de Lira que busca o fortalecimento do partido, saindo do pleito como um virtual nome para 2014, podendo ser alçado a disputa do Governo do Estado, apostam alguns. Mas, quando o assunto são as próximas eleições e não estas, entra em cena também os interesses – ainda segundo bastidores – do próprio senador Renan Calheiros (PMDB), o grande articulador da política alagoana.

As pavimentações são em direção a cadeira que hoje é ocupada pelo governador Teotonio Vilela Filho (PSDB). É com esta mesma cadeira que Vilela deve se defender e conversar sobre a disputa para o Senado Federal. Caminho árduo: uma única vaga e nomes que surgem, como Luciano Barbosa (PMDB) e Cícero Almeida (futuro PSD). Parece que não decolou a candidatura de Marcelo Palmeira! Com a palavra Benedito de Lira e sua renovação pepista.

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