Mais de 100 pessoas se reuníram na tarde deste sábado (26), em frente ao Teatro da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em Vitória, para a primeira edição da "Marcha das Vadias" no estado. A passeata é um protesto contra as várias formas de violência à mulher. O encontro foi marcado por meio das redes sociais e atraiu, principalmente, jovens, entre mulheres e homens. A intenção dos organizadores ainda é fazer um vídeo documentário sobre a manifestação.

A marcha partiu da Universidade às 16h40 e seguiu pela Rua da Lama, no Bairro Jardim da Penha e seguirá até a Praça dos Namorados, passando pelo bairro Praia do Canto. “A intenção da passeata por bairro de classe média alta é chamar a atenção da sociedade para a causa”, explicou a estudante Luara Ramos.

Uma das organizadoras do protesto, Ana Lucia Rezende, expôs ainda que a marcha é contra a violência sexual contra as mulheres. “Essa violência é culpa, na maioria das vezes, as roupas que as mulheres usam, o jeito como agem. A gente não pede para ser estuprada, é o estuprador que está errado. Viemos às ruas para questionar essa cultura machista da sociedade, que educa o homem para ser violento e a mulher para se dar ao respeito, mas os homens que tem que nos respeitar. Queremos ser livres”, disse.

Marcha histórica
Esse movimento acontece em várias partes do Brasil neste 26 de maio, mas já é uma ação mundial. Começou quando um professor, no Canadá, durante uma palestra, disse que as mulheres sofriam estupro por causa da maneira como se vestiam. Essa afirmação gerou uma polêmica no mundo inteiro, sendo o que motivou a marcha e a maneira como as mulheres, e até alguns homens, se vestem na passeata: muitas vezes sem roupa e com o corpo pintada, em sinal de protesto.