Para a transferência das famílias da favela de Jaraguá para os novos apartamentos no Conjunto Vila dos Pescadores, na Praia do Sobral, a Prefeitura de Maceió montou uma grande operação logística, sob a coordenação da Secretaria Municipal de Habitação Popular e Saneamento (SMHPS), envolvendo diversos órgãos, como as secretarias municipais de Segurança Comunitária (Semsc) e de Assistência Social (Semas), as superintendências municipais de Controle do Convívio Urbano (SMCCU), de Transportes e Trânsito (SMTT) e de Limpeza Urbana (Slum); Conselho Tutelar, Samu, Centro de Zoonoses, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, polícias Militar e Federal, e Porto de Maceió.
Embora a ocupação das novas moradias só tenha começado depois do meio-dia - após a solenidade de inauguração do residencial -, a mobilização das equipes da Prefeitura e dos próprios moradores começou logo cedo. Caminhões-baú foram providenciados para levar os pertences das famílias até a nova Vila dos Pescadores, que é constituída de 450 apartamentos e dotada de infraestrutura completa, e um esquema de segurança foi montado para acompanhar a mudança, que ocorreu em clima de grande tranquilidade.
O plano de remanejamento será executado no decorrer da semana, de acordo com calendário estabelecido pelos órgãos envolvidos, com o seguinte cronograma: Hoje (21), foi feita a mudança de 41 famílias; nesta terça (22), das 8h às 17h, mais 108 famílias serão transferidas; na quarta (23), 11 famílias; na quinta (24), 88; e na sexta (25), o remanejamento será concluído com a transferência de 29 famílias.
Investimentos
O secretário municipal de Habitação, Nilton Pereira, destacou em seu discurso que vai precisar da ajuda das demais secretarias municipais para revitalizar a área de Jaraguá onde hoje está a favela, e evitar novas ocupações. “Essa Vila é um investimento de R$ 14 milhões, sendo R$ 10 milhões do governo federal - por meio do Programa de Aceleração do Crescimento - e R$ 4 milhões da Prefeitura de Maceió”, disse ele.
A segunda etapa do projeto compreende exatamente a urbanização da área que está sendo desocupada, com a construção de equipamentos urbanos que darão sustentabilidade às famílias beneficiadas com o projeto, como local para secagem do pescado, bicicletário, oficinas de tecelagem de redes, lanchonete/restaurante, administração, fábrica de gelo, banheiros públicos, museu da pesca, loja de artesanato, além da construção de um mercado para a comercialização do pescado e mariscos e da associação dos pescadores.
Todas essas realizações serão destinadas, exclusivamente, aos trabalhadores que atualmente vivem no local e desempenham atividades da pesca.