Grécia diz que Merkel sugeriu referendo sobre saída do país do euro

19/05/2012 05:10 - Economia
Por Redação

O governo grego afirmou, nesta sexta-feira (18), que a chefe do governo alemão, Angela Merkel, teria proposto que o país realize um referendo sobre sua permanência no euro junto com as eleições legislativas de 17 de junho. A proposta foi feita durante uma conversa com o presidente grego, Karolos Papulias, disse o comunicado.

"(Merkel) sugeriu ao presidente ideias sobre realizar um referendo em paralelo com as eleições, sobre o desejo dos cidadãos gregos de permanecer na zona do euro", afirmou, no comunicado, o porta voz do governo grego, Dimitris Tsiodras.

O governo de Berlim, no entanto, negou que a chanceler Angela Merkel tenha feito a proposta. "As informações não são corretas", disse um porta voz do governo alemão.

Planos para possível saída
O comissário comercial da União Europeia (UE), Karel De Gucht, afirmou nesta sexta-feira que as autoridades europeias estão trabalhando em planos de contingência no caso de a Grécia sair da zona do euro.

O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, um dos críticos mais ferrenhos da Grécia, disse que a turbulência do mercado, alimentada pela crise da dívida da zona do euro, pode durar um ano ou dois.

Os formuladores de políticas insistem que querem que a Grécia permaneça na zona do euro, mas o comissário de Comércio da União Europeia, Karel De Gucht, disse que a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu estavam trabalhando em cenários caso o país tenha que sair.

Os investidores foram abalados por um rebaixamento nos ratings de 16 bancos espanhóis pela Moody's Investors Service, embora a ação já fosse esperada. O sentimento azedou a tal ponto que uma pesquisa de opinião mostrando que os gregos estão voltando a apoiar os partidos que apoiam o resgate do país teve pouco impacto.

Se eles votarem dessa forma nas eleições de 17 de junho, o lugar da Grécia na zona do euro ficaria mais garantido e a ameaça de contágio para países como a Espanha iria diminuir.

A pesquisa, a primeira realizada desde que as negociações para formar um governo fracassaram e uma nova eleição foi convocada, mostrou o partido conservador Nova Democracia em primeiro lugar, vários pontos à frente do radical de esquerda Syriza, que prometeu rasgar o programa de resgate de 130 bilhões de euros.

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