Dólar fecha em alta e alcança maior valor desde junho de 2009

19/05/2012 03:39 - Economia
Por Redação

O dólar encerrou em alta de 0,62% nesta sexta-feira, a R$ 2,0185 e alcançou o maior patamar desde 22 de junho de 2009, quando fechou cotado a R$ 2,024. No ano, a moeda americana sobe 8,03%. Nas três semanas de maio, a alta acumulada é de 5,85% e na semana, de 3,2%.

Após abrir o dia em queda, a divisa passou a operar novamente em alta e se manteve no patamar acima dos R$ 2, no qual está desde terça-feira (15).

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve desempenho positivo nesta sexta, diferentemente do resto da semana. A valorização de 0,88%, que levou o índice para 54.513 pontos, foi a primeira depois de oito pregões seguidos de queda. No ano, a Bovespa tem desvalorização acumulada em 3,95%. No mês de maio, a queda é de 11,82% e na semana, de 8,3%.

O dólar reduziu os ganhos depois que o Banco Central anunciou um leilão de swap cambial tradicional (contrato de venda a prazo com prazo e quantidade definidos) à tarde e vendeu todos os 13 mil contratos ofertados. A moeda chegou a subir mais de 2% ao longo do pregão, com um movimento de especulação e ajustes de posições gerados pelo cenário externo conturbado.

Durante a semana e também nesta sexta, a negiação do dólar foi impactada pela continuidade da incerteza em relação à zona do euro e a possibilidade da saída da Grécia da moeda comum. Nesta sexta, o governo grego divulgou um comunicado em que afirma que a chefe do governo alemão, Angela Merkel, teria proposto a realização de um referendo sobre a permanência da Grécia no euro junto com as eleições legislativas de 17 de junho. O governo de Berlim, no entanto, negou que a proposta tenha sido feita.

De todo modo, a possibilidade de saída do euro tem sido estudada tecnicamente pela União Europeia, segundo o comissário comercial da UE, Karel De Gucht. Ele afirmou que as autoridades europeias estão trabalhando em planos de contingência no caso de a Grécia sair da zona do euro.

Também pesou sobre o mercado o rebaixamento dos bancos espanhóis pela Moody's e da classificação da dívida da Grécia pela Fitch.

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