A ministra do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), conhecida e visada por ser uma magistrada que combate a própria classe, esteve mais uma vez em Maceió para receber uma comenda e não deixou de reafirmar o combate e investigação sobre magistrados no país, inclusive Alagoas, que segundo ela, tem alguns juízes sendo investigados.
Por questão de ética e sigilo, nomes não serão informados desde que haja prova contra esses magistrados que supostamente cometeram ou ainda cometem irregularidades e improbidade administrativa.
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que investiga também as movimentações consideradas atípicas de juízes e serventuários da Justiça, apontou vários magistrados como suspeitos.
Questionada sobre a presença de algum magistrado alagoano nesta lista, a ministra fez questão de negar, mas afirmou que em outros casos os juízes de Alagoas estão incluídos em investigações.
“Nessa relação do Coaf posso afirmar que não existem magistrados alagoanos, mas eles estão sendo investigados por outras situações, não terão seus nomes revelados, mas, estão e serão sendo investigados sim, isso por garantir”, afirmou a ministra.
Eliana Calmon ainda foi questionada, mas negou, sobre a possibilidade dos juízes que estariam sendo investigados pelo CNJ sejam os sete magistrados envolvidos no escândalo do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (Dpvat), por conta das 1300 sentenças ilegais despachadas.
“Não posso fazer qualquer tipo de afirmação ou confirmação sobre os casos e os nomes, mas posso dizer que processos disciplinares, não apenas com magistrados, mas também com servidores do judiciário são considerados prioridades no momento da investigação pelo CNJ”, disse.
Por fim, a ministra que reafirmou o combate do CNJ as irregularidades no judiciário, também lamentou a demora, que acontecem não apenas nos tribunais, mas também nas corregedorias, no qual ela representa.
“Até eu encontro dificuldades para dar andamento em alguns processos. É um problema cultural que esbarra no nosso código penal, mas o que eu posso garantir é que em nenhum momento paramos qualquer tipo de investigação”, finalizou.