“Não superei e não quero superar a dor da perda do meu filho”. O desabafo é da diretora administrativa de 53 anos, Aparecida Ferreira Melo, que perdeu seu filho caçula, Aécio Rodolfo Ferreira de Melo, 23, vítima de um infarto, em 2010. À época, Rodolfo era estudante de Administração e tinha recentemente constituído família ao lado da esposa.

“Tudo aconteceu muito rápido. Ele estava saindo de casa quando teve esse problema de saúde. Depressa, chamamos o socorro médico, mas não fora suficiente para a reanimação”, lembrou com tristeza Aparecida.

A administradora rememorou que seu filho caçula possuía características únicas e que amigos, parentes e colegas de trabalho tinham a maior admiração pelo prazer de viver a vida que Rodolfo esbanjava.

“Ele era mais que um filho. Meu amigo, confidente e companheiro de banda. Ele gostava muito de música e diversas vezes saímos por aí tocando. Eu participava da vida dele assim como ele da minha. Era uma ligação muito especial, ímpar. Até hoje ainda tenho os instrumentos da banda dele em minha residência. Muitas vezes estou trabalhando ou em casa e me recordo do meu filho. As lágrimas caem automaticamente”, destacou.

Há dois anos, Aparecida mantém a rotina de todos os domingos, de se deslocar até o Campo Santo Parques das Flores e participar, juntamente com outras pessoas, da missa em memória aos falecidos.

“Eu sou uma pessoa muito religiosa. Acredito que ele está em um lugar muito bom. Esse tempo que nos separamos será breve. Logo, estaremos juntos novamente. Não tenho dúvida. Nesses anos, fica a grande saudade para mim e toda família e, sem dúvidas, as boas lembranças”, lembrou muito emocionada.

Aparecida fez uma recomendação especial para todas as mães nesse dia tão especial. “Rodolfo partiu e o encontrarei em breve, mas o importante é que todas as mães aproveitem seus filhos ao máximo. Não deixem para dizer eu te amo no futuro, já que não sabemos o dia de amanhã. Hoje tenho dois filhos que me dão muito amor e não deixo passar um dia sem dizer que eu também os amo de todo coração. Porque a dor de perder um filho é terrível”, disse.