O corregedor-geral da Justiça de Alagoas, James Magalhães de Medeiros, foi o entrevistado desta quinta-feira (10), do programa Conversa de Botequim, com o jornalista Plínio Lins. Em uma conversa descontraída, o desembargador falou sobre a sua atuação na Corregedoria, o judiciário alagoano e sua vida.
Segundo Magalhães, na função de corregedor ele passou a ser “monitorado” todos os dias pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O magistrado disse ainda que, mesmo com a forte atuação do CNJ nas corregedorias estaduais, nunca sofreu nenhuma interferência da instituição em Alagoas, mesmo com todos os problemas enfrentados no estado. “Em nenhum momento tive meu trabalho atropelado pelo CNJ”, completou.
Ao ser questionado se o Judiciário é corporativo, o desembargador foi direto em sua resposta: “Se eu disser que não, vou estar mentindo”. Na discussão sobre a liberdade de expressão, James Magalhães relatou que alguns colegas, que moviam processos contra jornalistas, ficaram “chateados” com ele por conta do resultado de uma sentença, em que um profissional da imprensa foi inocentado.
“Teve juiz que chegou para mim e disse como queria a sentença. Eu respondi e pedi para ele me respeitar. Analisei o processo. Quando a matéria realmente contém uma informação jornalística, não vejo motivo para condenar aquela pessoa”, disse.