O impasse sobre o aumento no número de vereadores na Câmara de Maceió deve começar a ser definido nesta terça-feira (08), após a votação aberta do projeto de Emenda à Lei Orgânica do município, fixando em 21 o número de vagas no plenário municipal. Como se trata de uma Emenda, a proposta terá que passar por dois turnos de votação.

O presidente da Casa, Galba Novaes (PRB) afirmou, em vários pronunciamentos, ser contrário à ampliação no número de parlamentares, que poderia chegar a 31.

Ele disse ser inviável financeiramente e ainda, que os maceioenses já estão bem representados com a quantidade atual de vereadores.

No entanto, o vereador Marcelo Malta (PCdoB) lembrou que a ampliação foi uma decisão constitucional, para estabelecer um parâmetro nas Câmaras Municipais, o que para ele, não influiria no orçamento do duodécimo, pois não haveria aumento na quantidade de servidores.

“Sempre externei minha posição. Não foi o legislativo municipal que autorizou essa ampliação, por isso acho que deveríamos cumprir, mesmo que parcialmente. O que pode acontecer é uma alteração na estrutura de cada vereador, por isso existe essa resistência. Maceió pode ter de 29 a 31 vereadores, de acordo com o número de habitantes”, lembrou. 

Para Marcelo Malta, o aumento de vereadores iria democratizar o poder, permitindo que representantes de minorias chegassem à Câmara de Vereadores. 

“Mesmo se a estrutura dos parlamentares fosse reduzida, os benefícios seriam maiores. Seriam mais forças, uma descentralização, facilitando o quociente eleitoral para legendas menores. É preciso preservar a heterogeneidade no parlamento, para que a Câmara seja uma caixa de ressonância da sociedade”, destacou