Concessões feitas a partidos aliados podem levar o PT a tirar em 2012, mais uma vez, a candidatura do partido em Maceió. Para acomodar as legendas que integram a base do governo federal no Congresso Nacional, os petistas locais cogitam abrir mão da cabeça de chapa, impedindo qualquer possibilidade de o ex-deputado estadual Paulão ou o deputado estadual Judson Cabral entrar na disputa.

Em 2004, na primeira eleição municipal sob o governo Lula, já aconteceu isso em Maceió, onde o PT com a desconhecida Heloisa Helena, na época, ficou como vice-prefeita do PSB com Ronaldo Lessa. PT lançou candidatos em 23 das 26 capitais. Só apoiou nomes de outros partidos em Maceió, com o PSB, em Manaus, com o PC do B, e em Boa Vista, com o PPS.

A desistência de candidaturas próprias costuma ser decidida por votação em encontros do PT nos municípios, mas os líderes nacionais negociam a estratégia de maneira mais ampla. A ordem da alta cúpula e que aqui em Maceió os petistas deverão subir no palanque do PDT de Lessa, onde se faz uma negociação.

O presidente do PT Joaquim Brito até queria repetir a dobradinha de 2010, mas Lessa tem outros compromissos mais fortes com os senadores Fernando Collor (PTB) e Renan Calheiros (PMDB). Por isso, as chances são remotas para o partido da presidente da República na capital alagoano. A terceirização do partido deverá garantir a indicação de nomes para algumas secretarias municipais.

As chances hoje do vice de Lessa é fortíssima para o presidente da Câmara Municipal de Maceió, vereador Galba Novaes, que inclusive vai lançar o seu filho, Galbinha Neto, como candidato a vereador pelo partido de Renan, um velho companheiro aliado de outras eleições.

O presidente do PSB nacional, governador Eduardo Campos, queria que Lula exigir-se do PT de Maceió apoio ao candidato socialista federal Givaldo Carimbão, sob pena de não ter como impedir o voto do PSB em José Serra, em São Paulo. Esse mesmo exemplo acontecerá em João Pessoa, onde será mais fácil essa aliança entre PT e PSB.

Aqui em Maceió, Carimbão é forte aliado do tucano Teotonio Vilela, podendo assim ser a pedra no caminho para Campos desistir da idéia de falar com Lula.

O PT em Maceió vai lutar para reconquistar suas cadeiras de vereador. As chances são boas de eleger pelo menos três. Mas, na majoritária ainda não será dessa vez que o partido de Lula e Dilma terá uma candidatura própria.

acesse:Twitter:@Bsoutomaior