O senador Fernando Collor (PTB-AL) afirmou que respeitar o chamado segredo de Justiça de processos ou investigações não significa cercear a liberdade de imprensa. O senador tem defendido o sigilo dos dados e informações recebidos pela CPI do Cachoeira, que estejam protegidos com o segredo de Justiça, garantido pela Constituição. Ele rechaçou as críticas de que estaria querendo limitar o trabalho dos meios de comunicação na Comissão Parlamentar de Inquérito mista que investiga a participação de agentes públicos e privados nas atividades ilegais de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, que está preso.
- Sempre defendi a completa e irrestrita liberdade de expressão, pois a ela devemos a restauração, a manutenção e a continuidade de nosso maior bem institucional, a democracia brasileira – disse em Plenário, nesta segunda-feira (7).
Na opinião de Collor, parte da imprensa brasileira costuma “quebrar as regras mais elementares e republicanas do bom e correto jornalismo” ao transformar “hipóteses em teorias, indícios em fatos ou suspeição em condenação prévia” de maneira prematura.
- Nem tudo que envolve uma CPI se reveste de um mero jogo político. Pena que alguns meios, por meio de obreiros da hora ou de plantão, assim não entendem e assim não o fazem. Em busca de notoriedade e de lucros, violam normas, valem-se de métodos criminosos, deturpam fatos e distorcem informações que acabam ferindo a honra e a imagem de terceiros. Isto sim é censurável, é condenável, é crime e, portanto, merece repulsa – declarou.
Collor também lembrou que, quando era presidente da República, embora “investigado por um processo político”, não cometeu “qualquer tipo de cerceamento à liberdade de expressão”.
- Portanto, não será agora, no papel de investigador de uma CPI, que mudarei minha conduta.